Política

Quem é Marco Cepik, o novo número 2 da Abin

Cepik assume em meio a investigações da PF sobre o monitoramento ilegal durante o governo Bolsonaro

Marco Aurélio Chaves Cepik comandava a Escola de Inteligência da Abin. Foto: Abin/Reprodução
Apoie Siga-nos no

Marco Cepik, que comandava a Escola de Inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), foi anunciado no lugar do delegado Alessandro Moretti como o número 2 da agência nesta terça-feira 30.

A mudança acontece em meio a suspeitas de que a atual gestão do órgão teria agido para interferir em investigações sobre o monitoramento ilegal de pessoas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Cepik é professor na Universidade Federal do Rio Grande do Sul desde 1995 e um dos autores das propostas ao grupo de transição que acabaram moldando a atual configuração da Abin.

Ele defendeu a desmilitarização da agência e subordinação à Casa Civil da Presidência, hoje chefiada por Rui Costa (PT). Antes, a Abin estava sob a tutela do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

Cepik é cientista político, doutor em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ) e pós-doutor pela universidade de Oxford, no Reino Unido.

Entre 2011 e 2021, foi diretor-executivo do Centro de Estudos Internacionais sobre Governo (CEGOV) em Porto Alegre (RS).

Sobre os ataques golpistas de 8 de Janeiro, Cepik já se manifestou e afirmou que são um marco antidemocrático sem precedentes. “O que aconteceu no 8 de janeiro é muito grave porque não havia acontecido no Brasil ainda um ataque tão sistemático às instituições”, afirmou Cepik em entrevista à Folha de S.Paulo publicada em junho de 2023.

Assim como Moretti, Cepik também é do mesmo grupo de policiais e acadêmicos que próximos de Tarso Genro (PT), que foi ministro da Justiça do primeiro governo Lula.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo