Política

Quem deve – e não deve – comparecer ao ato pró-Bolsonaro neste domingo

A expectativa dos organizadores é reunir 700 mil pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo

Foto: EVARISTO SA / AFP
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Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) devem se reunir neste domingo 25 em uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo. Segundo os organizadores, a manifestação deve ocorrer entre as 15h e as 17h.

O ato foi convocado pelo próprio ex-presidente Jair Bolsonaro depois que ele virou alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga uma tentativa de golpe de Estado no 8 de janeiro. O ex-presidente deve aproveitar a manifestação para negar a sua participação na orquestração do golpe e engajar os seus aliados.

Bolsonaro deve discursar três vezes durante o ato, com falas de aproximadamente 10 minutos cada.

Segundo o advogado do ex-presidente, Fábio Wajngarten informou esperar cerca de 700 mil pessoas na Avenida da capital paulista.

Quem confirmou presença?

Pelo menos cinco governadores confirmaram presença na manifestação. São eles:

– Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo;
– Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás;
– Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais;
– e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina.

Para além deles, estão confirmadas as presenças dos senadores:

– Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro Casa Civil
– Jorge Seif (PL-SC), ex-ministro Pesca e Aquicultura
– Marcos Pontes (PL-SP), ex-ministro Ciência e Tecnologia
– Carlos Portinho (PL-RJ), liderança do PL no Senado
– Magno Malta (PL-ES)
– Rogério Marinho (PL-RN), liderança da oposição no Senado
– Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente
– Luis Carlos Heinze (PP-RS)
– Marcos Rogério (PL-RO)

E dos deputados:

– Nikolas Ferreira (PL-MG), deputado federal
– Carla Zambelli (PL-SP), deputada federal
– Bia Kicis (PL-DF), deputada federal
– Pastor Marcos Feliciano (PL-SP), deputado federal
– Altineu Côrtes (PL-RJ), deputado federal líder do PL na Câmara
– Mário Frias (PL-SP), deputado federal
– Gustavo Gayer (PL-GO), deputado federal
– Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), deputado federal

O pastor Silas Malafaia, pastor e financiador do evento, também estará presente. A ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, deve fazer uma oração de abertura. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) também deve estar entre os presentes.

Quem não deve comparecer

– Luciano Hang, empresário e apoiador de Bolsonaro em 2022
– Damares Alves (Republicanos-DF), senadora
– Gladson Cameli (PP), governador do Acre
– Antonio Denarium (PP), governador de Roraima
– Onyx Lorenzoni, ex-ministro da Casa Civil
– Cláudio Castro (PL), governador do RJ
– Hamilton Mourão (Republicanos), senador

Alguns apoiadores do ex-presidente não poderão comparecer porque não podem se encontrar com Bolsonaro. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, determinou que os investigados no inquérito do 8 de janeiro não se falem, para evitar que combinem versões.

A decisão inclui o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Ele foi o cacique político que filiou Bolsonaro na tentativa de reeleição e ambos trabalhavam no mesmo prédio em Brasília.

A relação de pessoas impedidas de visitar Bolsonaro também inclui militares. O general Braga Netto foi ministro e candidato a vice de Bolsonaro. O general Heleno era ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional).

O que é esperado de estrutura e segurança?

O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, alugou dois trios elétricos para que Bolsonaro e outras figuras políticas discursem e acompanhem o ato.

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Segurança Urbana informou que a manifestação será acompanhada pela Polícia Militar e que a Companhia de Engenharia e Tráfego (CET) dará apoio à operação de Segurança Pública.

A SPTrans por sua vez informou que as linhas que operam na Avenida Paulista já são desviadas aos domingos e caso haja necessidade “realizará ajustes no trajeto das linhas conforme o bloqueio das vias”.

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