Política

‘Que os perdedores das eleições aceitem o resultado’, diz Pacheco em sessão com Bolsonaro

O presidente do Senado afirmou ser ‘fundamental garantir um processo eleitoral não afetado por manipulação ou disparos que gerem desinformação’

Foto: Sergio Lima/AFP
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta quarta-feira 2 que o País tem um novo desafio em 2022: a defesa da democracia no ano eleitoral. Pediu, ainda, que os perdedores nas urnas aceitem os resultados. Pacheco discursou na sessão solene do Congresso Nacional que marca o início dos trabalhos legislativos.

Participaram da sessão, entre outros, os presidentes da República, Jair Bolsonaro (PL); do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux; e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

“A democracia há de ser, antes, um compromisso de todos e de cada um. Dela derivam tantos outros compromissos que nos irmanam como povo e nos reúnem como Nação. A tolerância, o respeito às minorias, a igualdade,  o bem comum, a solidariedade e, não nos esqueçamos, a liberdade de imprensa”, afirmou Pacheco. “Estejamos vigilantes contra a mínima insinuação de investida autoritária. Mais do que simplesmente preservar a democracia que conquistamos, cabe ao Congresso a vontade permanente e a ação constante para aprimorá-la.”

Ao projetar as eleições deste ano, emendou: “Aos vencedores, façam um mandato eficiente e prestem um bom serviço. Aos perdedores, respeitem o resultado das urnas. É fundamental garantir um processo eleitoral não afetado por manipulação ou disparos que gerem desinformação”.

Ao longo dos últimos anos, Bolsonaro tentou, em diferentes ocasiões, lançar dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral, sem jamais oferecer elementos para comprovar as alegações. O ex-capitão é, inclusive, alvo de um inquérito que apura sua ação de divulgar uma investigação sigilosa com o objetivo de espalhar informações falsas sobre a segurança das urnas eletrônicas.

Segundo a Polícia Federal, Bolsonaro teve “atuação direta, voluntária e consciente” na prática do crime de violação de sigilo funcional, que é a divulgação de documentos sigilosos aos quais teve acesso.

Em seu pronunciamento, Pacheco também se manifestou sobre o atual estágio da pandemia, com o avanço da variante Ômicron fazendo o País registrar sucessivos recordes de casos. De acordo com ele, “a pandemia ainda não terminou e, portanto, cada cidadão deve proteger a si e ao outro, enquanto o Poder Público tem a obrigação de proteger a população com Ciência, informação, equipamentos públicos e vacinas”.

Ao lado de Bolsonaro, que não hesitou em pregar o negacionismo ao longo da crise sanitária, Pacheco declarou que “passamos a usar máscara na nossa rotina, nos isolamos de familiares, amigos e colegas de trabalho e esperamos ansiosos por vacinas que salvaram vidas”.

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