Política
Quaest: Para 65%, Bolsonaro deve parar de dizer que é candidato em 2026
Inelegível, o ex-presidente segue afirmando que vai participar da disputa


Pesquisa Quaest publicada nesta quinta-feira 5 em parceria com a Genial Investimentos mostra que a maioria da população brasileira defende que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) abra mão de se apresentar como pré-candidato à presidência da República em 2026. Atualmente inelegível, ele diz ser “primeira, segunda e terceira opções” da extrema-direita para a disputa presidencial.
Segundo a Quaest, 65% dos eleitores defendem que Bolsonaro desista da ideia de concorrer e manifeste apoio a outro nome. Outros 26% avaliam que ele deve manter a postura e seguir como pré-candidato, mesmo inelegível. Há 9% que não sabem ou não responderam ao questionamento.
A Quaest perguntou ainda quais as orientações políticas dos participantes da pesquisa e os dividiu em cinco grupos:
- lulista/petista;
- não é lulista/petista, mas está à esquerda;
- sem posicionamento político;
- não é bolsonarista, mas está à direita; e
- bolsonarista.
Entre as diferentes parcelas do espectro político, as avaliações sobre a postura de Bolsonaro divergem. Para os petistas, demais esquerdistas e pessoas que se dizem sem posicionamento político, pelo menos 70% avaliam que Bolsonaro deve desistir de concorrer. Para 58% dos que se apresentam como bolsonaristas, porém, o ex-capitão deve insistir na disputa.
Confira os números:
Sem Bolsonaro, quem?
Na mesma pesquisa, os entrevistados foram perguntados sobre quem deveria ser o nome da extrema-direita na disputa contra Lula depois da desistência de Bolsonaro. Há equilíbrio, mas o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) são os nomes mais indicados.
A pesquisa divulgada nesta quinta-feira mostrou que muitos dos possíveis adversários de Lula à direita no espectro político se mostram competitivos em um eventual segundo turno na disputa pelo Palácio do Planalto em 2026. Clique aqui para ver os detalhes.
A Quaest ouviu 2.004 pessoas entre 29 de maio e 1º de junho. As entrevistas foram realizadas presencialmente. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
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