Política

PT quer Alckmin no palanque de Haddad em SP, independentemente de França

‘Alckmin demonstrou uma simpatia, uma aparente preferência pela candidatura do Haddad’, afirmou a CartaCapital o presidente do PT paulista

Geraldo Alckmin e Fernando Haddad. Fotos: José Cruz/Agência Brasil e Ricardo Stuckert
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O presidente do PT no estado de São Paulo, o ex-ministro do Trabalho Luiz Marinho, afirmou nesta quinta-feira 7 esperar contar com Geraldo Alckmin (PSB) no palanque de Fernando Haddad para a corrida rumo ao governo paulista.

A costura que permitiria essa participação, porém, não é simples. Márcio França é pré-candidato pelo PSB e, até aqui, adversário de Haddad. Uma pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta mostra que o petista lidera a disputa, com 29% das intenções de voto, nove pontos à frente do socialista, que aparece em segundo.

Nesta sexta 8, o PSB confirmará a indicação de Alckmin para o posto de vice na chapa presidencial encabeçada por Lula.

“Não sei como o governador Alckmin vai trabalhar. Ele já disse publicamente que a melhor alternativa para a disputa em São Paulo é Haddad. Então, nós criamos uma expectativa em torno disso. Evidentemente, temos a expectativa de o Alckmin estar no palanque do Haddad“, disse Marinho a CartaCapital. “Os partidos vão ter de dialogar, construir e ver como fazer. Alckmin demonstrou uma simpatia, uma aparente preferência pela candidatura do Haddad. Mas é questão para aguardar.”

Luiz Marinho disse respeitar “as decisões táticas dos partidos”, como a opção do PSB pelo lançamento de França. Afirmou, porém, esperar que o partido “reflita sobre todo o esforço que fizemos na construção da aliança nacional e sobre a necessidade de pensar em uma aliança no estado que dê conta de enfrentar essa adversidade”.

O presidente do PT paulista não acredita que o segundo turno no estado tenha dois candidatos de esquerda e prevê que o postulante bolsonarista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o governador Rodrigo Garcia (PSDB) têm margem para crescimento nas pesquisas.

Ainda de acordo com Marinho, os levantamentos que apontam a liderança de Haddad  são “uma demonstração de que o povo paulista vem se preparando para experimentar o PT”.

Mais cedo, Márcio França também celebrou o resultado do Datafolha. “Todos os outros candidatos têm padrinhos. Nós temos o povo. A pesquisa foi muito boa e nos mantém em ótimas condições. Como eu já disse anteriormente, foguete não tem ré”, declarou o socialista a CartaCapital.

Atrás de Haddad e França, aparecem Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 10%, Rodrigo Garcia (PSDB), com 6%, Vinicius Poit (Novo) e Felicio Ramuth (PSD), com 2% cada, e Abraham Weintraub (Brasil 35) e Altino Junior (PSTU), com 1% cada.

Brancos e nulos somam 23%, enquanto 7% não souberam opinar.

Em um cenário sem França, Haddad vai a 35% e abre larga vantagem sobre Tarcísio e Garcia, que somam 11% cada. Os demais não passam de 3% cada.

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