PT e PSOL chegaram a um acordo nesta terça-feira 26 sobre aspectos considerados fundamentais para o programa econômico encabeçado por Lula (PT). Os psolistas devem oficializar o endosso à chapa petista em Conferência Eleitoral marcada para o próximo sábado 30.
Nesta terça, reuniram-se em São Paulo os presidentes do PSOL, Juliano Medeiros, e do PT, Gleisi Hoffmann. Guilherme Boulos e Aloizio Mercadante também marcaram presença no encontro.
A CartaCapital, Medeiros classificou o acordo como “algo inédito”, por “colocar no centro do debate da esquerda um programa para enfrentar a crise, em vez de discutir espaços ou cargos no governo”.
“O principal é a revogação da Reforma Trabalhista e do Teto de Gastos”, avaliou o presidente do PSOL. “Também o desenvolvimento de uma política de combate à crise climática e a Reforma Tributária, com a necessidade de que os bilionários passem a pagar impostos no Brasil e de que esses recursos sejam usados para financiar adequadamente políticas públicas.”
Segundo Juliano Medeiros, não houve convergência sobre a revogação – defendida pelo PSOL – da Reforma da Previdência, aprovada já sob o governo de Jair Bolsonaro. Os partidos, no entanto, manterão o diálogo em meio à construção do programa de Lula.
A revogação do Teto e da Reforma Trabalhista – considerada por amplas parcelas da esquerda uma das mais amargas medidas aplicadas após o golpe de 2016 – já havia sido defendida pelo programa da federação composta por PT, PCdoB e PV.
Outros pontos em que houve concordância de PT e PSOL são o aumento real do salário mínimo, uma reforma agrária ecológica, a democratização da comunicação, o combate à violência policial e a adoção de políticas contra a LGBTfobia.
O ato de lançamento da chapa de Lula e Geraldo Alckmin (PSB) ocorrerá em São Paulo, em 7 de maio. Quatro dias antes, o Solidariedade, de Paulinho da Força, promoverá uma cerimônia na capital paulista para oficializar seu apoio à candidatura do ex-presidente.
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