Política

PSOL, PT e PSB se reúnem e discutem candidatura única para a Câmara

Bloco progressista nem bem começou a atuar no Congresso e corre o risco de ruir com divergência entre PSB e PDT

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Os presidentes do PT, PSOL e PSB se reuniram na tarde desta segunda-feira 14, em Brasília, para discutir o lançamento de candidato único à presidência da Câmara dos Deputados. Na primeira semana do ano, o PSOL anunciou o deputado eleito Marcelo Freixo como candidato. A definição do nome comum, no entanto, ainda não foi tema da conversa.

Segundo Juliano Medeiros, dirigente nacional do PSOL, tanto Gleisi Hoffmann (PT) como Carlos Siqueira (PSB) se comprometeram a conversar com os presidentes do PCdoB e do PDT para tentar convencê-los a unirem-se à estratégia de focarem forças em um único nome, ao menos, no primeiro turno da eleição parlamentar.

Neste sábado, 12, o presidente do PDT, Carlos Lupi anunciou indicativo de que seus deputados votarão pela reeleição de Rodrigo Maia (DEM) na Casa legislativa. O dirigente, porém, não quis dar certeza da posição de sua sigla porque tem compromisso com o bloco progressista. composto justamente pelo PSB, que já disse que não se juntará a Maia, e o PCdoB, que ainda não se posicionou.

O demista até agora tem o apoio de boa parte dos deputados. Ele se aliou a bancada do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Ao menos sete nomes estão sendo ventilados para concorrer ao posto.

Bloco sob ameaça?

Nem mesmo começaram os trabalhos do bloco progressista, composto inicialmente pelo PSB, PDT e PCdoB, e ele já corre o risco de ruir com as decisões opostas das duas primeiras legendas.

“Vamos trabalhar para que isso não ocorra. A fórmula eu não sei ainda, afirmou Lupi a CartaCapital. “A política é a arte do impossível.”

Leia também: Novo bloco progressista exclui o PT e quer protagonismo no Congresso

Lupi afirmou ser muito difícil mudar a posição da bancada em relação ao apoio de Maia. Segundo ele, a grande maioria dos deputados do partido querem o demista na presidência na Câmara. Ele admite que a legenda vive um dilema.

“O nosso desafio é justamente esse: encontrar uma solução para esse impasse. Eu estou esperando a reunião do PCdoB para ver que caminho eles tomam e assim ter uma posição…. Não é fácil, mas vamos tentar.”

Questionado se a decisão da legenda comunista seria um desempate, o dirigente do PDT afirmou que não foi estabelecido nenhum critério para decidir quem o partido irá apoiar. “Tem que dar um tempo para as coisas acontecerem.”

O PCdoB deve se reunir com sua bancada nessa terça-feira, 15. Depois disso, afirmou Lupi, os dirigentes que compõe o bloco progressista deverão se encontrar para mais uma rodada de discussão.

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