Justiça

PSOL pede que STF inclua Eduardo Bolsonaro e Gustavo Gayer nas investigações do 8 de Janeiro

Parlamentares citam a viagem de uma comitiva da oposição para os Estados Unidos para tentar convencer os congressistas de que o Brasil vive uma ditadura; o TCU também foi acionado para investigar os gastos da União com as viagens

Foto: Reprodução
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O PSOL entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal para incluir os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Gustavo Gayer (PL-GO) como investigados nos inquéritos que apuram os atos golpistas do 8 de Janeiro. 

O motivo apontado pela legenda para a adição dos parlamentares na lista de investigados é o lobby feito pelos bolsonaristas nos EUA contra o Brasil. O caso foi revelado pela Agência Pública e mostra como os dois deputados atuaram para convencer congressistas dos Estados Unidos que o Brasil vive uma “ditadura de esquerda”.

Além da falsa ditadura, ambos articularam punições para o presidente Lula (PT) e para o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Alexandre de Moraes. A oposição alega que o magistrado estaria censurando e perseguindo a direita no Brasil.

Na ocasião, Eduardo Bolsonaro e Gayer defenderam a aprovação de uma lei nos EUA com o objetivo de penalizar autoridades brasileiras por supostamente estarem violando direitos de conservadores no Brasil. Para o PSOL, a articulação faz parte do projeto golpista que culminou no 8 de Janeiro.

Referidos atos aparentam ter relação direta com as articulações que culminaram nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, e, portanto, assunto afeto à investigação que é objeto do presente Inquérito”, argumentam os parlamentares do PSOL na petição enviada ao Supremo.

E acrescentam: “Diante da gravidade dos fatos acima expostos, pede-se a inclusão dos parlamentares brasileiros, especialmente de Eduardo Bolsonaro e Gustavo Gayer, nos autos do presente Inquérito, para que também figurem como investigados”.

Assinam o documento a deputada federal Luciene Cavalcante, o deputado estadual Carlos Giannazi e o vereador de São Paulo, Celso Giannazi

Os parlamentares também acionaram o Tribunal de Contas da União para pedir que o órgão investigue se houve gasto público na ida dos deputados da oposição para os Estados Unidos. 

Em uma série de viagens para o exterior, os políticos têm divulgado uma campanha “The truth about the democracy in Brazil [A verdade sobre a democracia no Brasil, em tradução livre]”, que endossa o argumento sobre a falsa ditadura no País.

Na última ida a eventos da direita no Parlamento Europeu, por exemplo, a Câmara dos Deputados desembolsou ao menos 62,9 mil reais para os oposicionistas acompanharem o evento, uma das mesas tinha como nome, por exemplo: “Brasil: a repressão de Lula ao Estado de Direito”.

“O cenário se agrava diante da possibilidade de que tais incursões, estas, sim, contra democracia brasileira, podem ter sido financiadas com dinheiro público, e, portanto, em prejuízo ao erário diante da ausência de interesse público, uma vez que o único objetivo é disseminar desinformação e atacar a democracia brasileira”, destacaram os parlamentares do PSOL na manifestação ao TCU.

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