PSB oficializa candidaturas de Freixo e Molon e manda recado: ‘Em caráter irrevogável’

Alinhados em torno de Freixo, PSB e PT não resolvem impasse sobre o Senado; os petistas não recuam do lançamento de André Ceciliano

Marcelo Freixo e Alessandro Molon. Foto: Divulgação/PSB

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O PSB aprovou nesta quarta-feira 20, por unanimidade, a chapa que disputará as eleições no Rio de Janeiro. Em convenção estadual, a sigla homologou as candidaturas de Marcelo Freixo ao governo e Alessandro Molon ao Senado.

Trata-se de um novo capítulo na disputa entre PSB e PT em torno da indicação para disputar uma vaga na Casa Alta. Se pessebistas batem o pé sobre o nome de Molon, os petistas não abre mão de apresentar o presidente da Assembleia Legislativa fluminense, André Ceciliano. O apoio do PT a Freixo, por outro lado, não está ameaçado.

Ao anunciar o lançamento de Freixo e Molon, o PSB informou que ambas as candidaturas estão confirmadas “em caráter irrevogável”.

Molon argumenta que “neste momento, não podemos ter ambiguidades nem fazer concessões” e que “só existem dois lados: o do Bolsonaro e o da democracia, e a nossa candidatura é a da democracia”. A declaração pode ser compreendida como uma crítica a Ceciliano, visto por pessebistas como alguém a buscar aproximação com o governador Cláudio Castro (PL), o candidato de Jair Bolsonaro (PL).

Para além de possíveis vaidades e interesses, a formação da chapa de Freixo para o Senado enfrenta um enorme desafio de ordem política, como mostrou CartaCapital: dar naturalidade à aliança entre Ceciliano e o pré-candidato a governador. Uma sondagem interna realizada pelo PT no início de julho colocou para a direção da campanha um problema: entre os eleitores que já definiram seu voto, a maioria que afirma votar em Lula e Freixo rejeita Ceciliano. De outro lado, a maioria que declara voto em Lula e Ceciliano diz que não votará em Freixo: “O quanto antes encararmos essa questão, melhor será para a candidatura de Lula”, afirma um dirigente do PT.

Para o cacique petista, a atual tensão entre Ceciliano e Molon “reflete a falta de sintonia” entre PT e PSB no Rio: “A realidade é a seguinte: só o PT da zona sul faz campanha abertamente para o Freixo. E faz pela dobradinha com Molon. Já a base petista mais popular espalhada pelo estado faz campanha para o Lula e para o Ceciliano, mas não para o Freixo”.


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