O PT e o PSB não chegaram a um acordo para lançarem um único nome na disputa pelo governo do Espírito Santo e devem ter candidaturas próprias na eleição de outubro deste ano.
O atual chefe do Executivo estadual, Renato Casagrande (PSB), é candidato à reeleição e vai ter como adversário o senador Fabiano Contarato (PT), que oficializará o seu nome no próximo mês, provavelmente no dia 4.
“O partido quer [a candidatura] e a militância também”, afirmou Contarato nesta quarta-feira 11 em conversa com CartaCapital. “O Espírito Santo merece uma candidatura do PT”.
O parlamentar confirmou que chegou a ser procurado pelo atual governador em busca de um acordo, mas até o momento sem sucesso.
A última pesquisa Ipec, divulgada no início de maio, apontou Casagrande com 46% das intenções de voto contra 13% de Contarato.
Além do Espírito Santo, a união nacional entre PT e PSB, simbolizada na chapa composta pelo ex-presidente Lula (PT) e pelo ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), não deve se repetir em São Paulo e no Rio Grande do Sul.
As negociações para um entendimento continuam, mas dirigentes das legendas já admitem que, em alguns estados, a união é impossível.
“Temos que trabalhar, mas em alguns estados é impossível”, reconheceu o senador Humberto Costa (PT-PE) durante o Congresso Nacional do PSB, realizado em Brasília no mês passado. “Mas também é possível fazer uma campanha [sem agressão] para que no segundo turno possamos estar unidos”.
Neste mesmo evento, em conversa com CartaCapital, Casagrande admitiu enfrentar Contarato na eleição.
Em São Paulo, o PT pretende lançar o ex-prefeito Fernando Haddad e o PSB defende a candidatura de Márcio França. Já no Rio Grande do Sul, na corrida pelo Palácio do Piratini, os petistas apoiam a pré-candidatura do deputado estadual Edegar Pretto e o PSB quer emplacar o ex-deputado federal Beto Albuquerque.
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