Política

Protestos marcam ida de Queiroga a prédio de medicina da USP

Após marca de 300 mil mortes, estudantes questionam quais serão medidas adotadas pela nova administração para reverter avanço da pandemia

Protesto de estudantes de Medicina da USP, em março, durante a ida do ministro da Saúde Marcelo Queiroga à universidade (Créditos: Divulgação) Estudantes de Medicina da USP protestam em dia que Marcelo Queiroga vai à universidade. Créditos: Divulgação
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O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, se reuniu nesta quinta-feira 25 com 72 professores titulares da Faculdade de Medicina da USP.  A presença de Queiroga deve ser marcada por protestos que questionam quais serão as medidas adotadas pela nova administração diante da crise sanitária que se agrava no País.

Em um manifesto, o Centro Acadêmico Oswaldo Cruz, entidade representativa dos estudantes de medicina da universidade, aponta que “o governo federal apresentou até o presente momento prioridades equivocadas e por vezes perversas, resultando em absoluta ineficácia de gestão da crise, com consequências catastróficas para a população”, aponta o coletivo se referindo à marca das 300 mil mortes por Covid-19, superada na quarta-feira 24.

O grupo critica o fato do governo promover a quarta troca do comando do Ministério da Saúde, durante a pandemia, e questiona o ministro sobre a declaração do ministro, dada no dia 16 de março, de que ‘a política é do governo Bolsonaro e não do ministro da Saúde’.

“Nesse contexto, questionamos a afirmação de que cabe ao Ministério apenas executar as políticas do Governo Bolsonaro. O que poderia significar uma saída para o povo brasileiro, na verdade, reveste-se de continuidade da política implementada até agora, com isenção de qualquer responsabilidade por parte da liderança do Ministério da Saúde”, pontua o coletivo em outro trecho do manifesto.

Além do manifesto, os estudantes se reúnem na universidade em um ato “em memória de todas as vítimas, em defesa da saúde pública, e pela priorização da vida”.

No dia 17 de março, o coletivo já tinha direcionado uma carta aberta em que apontavam caminhos a seguir em meio à pandemia no País, que se agrava com a atuação de novas variantes, com a demora na imunização e com o colapso das redes de saúde.

Entre algumas estratégias, o grupo pedia coordenação dos diversos níveis da administração – federal, estadual e municipal – para otimizar a capacidade do SUS em meio à pandemia, das UTIs às unidades básicas; implementação de estratégias de testagem, rastreamento, isolamento de casos e contatos; adoção de medidas radicais de lockdown em regiões mais atingidas, com estratégias sociais para garantir adesão e eficácia da medida, entre outras.

A agenda do ministro da Saúde também incluía visita ao Incor (Instituto do Coração) e o Instituto Central do Hospital das Clínicas, em São Paulo.

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