Política

Presidente do PDT explica por que Ciro não participou da campanha de Lula no 2º turno

Carlos Lupi disse a CartaCapital que se reunirá com Ciro na semana que vem, no Ceará, para debater os próximos passos do ex-presidenciável

O ex-presidenciável Ciro Gomes. Foto: Stephan Eilert/AFP
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O presidente do PDT, Carlos Lupi, afirmou nesta sexta-feira 4 que Ciro Gomes (PDT) não participou ativamente da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno por se sentir “machucado”.

No primeiro turno, Ciro recebeu 3% dos votos válidos e terminou a disputa em quarto lugar, atrás de Lula, Jair Bolsonaro (PL) e Simone Tebet (MDB). Logo após a primeira votação, o PDT declarou apoio a Lula contra Bolsonaro, decisão seguida por Ciro em uma tímida manifestação.

“Temos de respeitar a individualidade de cada um, o sentimento de cada um, a compreensão de cada um. O Ciro se sentiu – e na minha avaliação com razão em muitas coisas – muito machucado nesse processo eleitoral”, disse Lupi a CartaCapital. A entrevista vai ao ar na íntegra na noite desta sexta no YouTube.

Lupi mencionou, por exemplo, a campanha pelo voto útil na reta final do primeiro turno, que teria sido direcionada “para enfraquecimento do Ciro”.

“Quem bate não lembra, mas quem apanha não esquece. Ele tem os machucados dele. Agora, ele não se negou a declarar o apoio, seguindo a orientação do partido. Ele ficou recolhido em casa porque achava que seria uma afronta a tudo o que ele sofreu fazer uma campanha mais ostensiva.”

O presidente pedetista declarou que se reunirá com Ciro na semana que vem, no Ceará, para debater os próximos passos do ex-presidenciável. Questionado sobre a possibilidade de Ciro voltar a disputar uma eleição, Lupi não respondeu.

“Se o Lula não for bem, todos nós estaremos liquidados. O sucesso do Lula é o nosso sucesso, o insucesso do Lula será o nosso insucesso. Não podemos colocar o interesse partidário que eu tenho acima do interesse do povo brasileiro”, completou.

Na entrevista, Carlos Lupi também afirmou que a tendência é de seu partido compor a base de apoio ao governo Lula no Congresso Nacional. A bancada pedetista começará a legislatura com 17 deputados e 3 senadores.

Assista à íntegra da entrevista:

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