O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, garantiu nesta quarta-feira 17, em entrevista ao canal?feature=oembed" frameborder="0" allowfullscreen> de CartaCapital no YouTube, que o partido apoiará o candidato que disputar o segundo turno da eleição presidencial de 2022 contra Jair Bolsonaro, caso o presidente e postulante à reeleição chegue lá.
Para Lupi, que reforça a opção por Ciro Gomes, o PT aposta na repetição de 2018 ao ‘lançar’ o nome de Fernando Haddad, mas permanecer à espera do ex-presidente Lula.
“Isso é filme antigo. A gente já viu esse filme na eleição passada. Lula se apresenta, fica de stand by o Haddad e depois o Haddad se transforma em candidato. A gente primeiro tem que ter projeto. Não é por falta modéstia, mas é o mundo real: o PDT apresenta um projeto nacional de desenvolvimento desde a campanha de 2018″, afirmou. “O Ciro andou esse Brasil todo e escreveu um livro sobre esse projeto. Nós temos, hoje, candidato e projeto. É o nosso direito. Como é direito do PT ter candidato.”
Lupi acredita que a chave para vencer em 2022 será “apresentar projeto, apresentar experiência e convencer a sociedade”. Na entrevista, ele pregou o diálogo com outras forças da oposição, como o PT, mas ressaltou que não aceitará qualquer conversa em que o PDT “já entre abrindo mão” ou ouvindo “que tem de apoiar o candidato do PT.”
“Você não pode estar com quem não aceita o diálogo. [Para] todo e qualquer diálogo, estamos sem qualquer tipo de preconceito ou imposição. Mas todos têm de fazer o mesmo”.
Segundo Lupi, na próxima eleição presidencial será fundamental uma aliança entre a esquerda e o centro, que, na avaliação dele, é composto atualmente por siglas que estavam à direita em outros pleitos.
“Com o advento de Bolsonaro e desse grupo de extrema-direita, as forças que estavam mais à direita vieram para o centro. Hoje, para mim, o DEM está ao centro, defende a democracia. O Rodrigo Maia sempre defendeu a democracia, foi um presidente democrata na Câmara. O próprio ACM Neto defende a democracia”, opinou. “O centro foi ocupado pelo DEM, pelo PSD do Kassab, o PSDB sempre circulou pelo centro. Porque o Bolsonaro ocupou esse espaço mais raivoso”.
O presidente do PDT também assumiu um compromisso “público e desde agora”: apoiar o candidato que chegar ao segundo turno contra Bolsonaro, caso ele esteja nessa disputa.
“Não dá para conceber, tendo uma força de direita no segundo turno, que a gente vá titubear nesse processo. Não tenho dúvida. Estaremos com o candidato que for ao segundo turno contra esse profeta da ignorância”.
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