Presidente da Anvisa diz que vacina não será postergada por pressão do governo

Antonio Barra Torres afirma que tomaria medidas cabíveis contra possível adiamento intencional dentro da agência

Foto: Cottonbro / Creative Commons / Pexels

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Em meio à disputa política pela aprovação da vacina contra o coronavírus, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, negou que a instituição possa postergar o aval a alguns imunizantes, como a Coronavac, por causa de pressões do governo.

 

 

“Isso está previsto no Código Penal em algum lugar. Se estamos concebendo a possibilidade de alguém daqui de dentro, intencionalmente, procrastinar, postergar ou realizar qualquer impedimento para que um medicamento salve vidas. Eu jamais vou poder cogitar isso. E, se eu tomar conhecimento, tomarei todas as medidas cabíveis”, afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou na quinta-feira 22 que, pela origem, a vacina chinesa não transmite segurança.


Bolsonaro se referia à Coronavac, que está em desenvolvimento pela empresa chinesa Sinovac e será produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, ligado ao governo de João Doria.

Torres disse que, em termos regulatórios, não tem nenhuma relevância de onde a vacina vem.

“Vale lembrar que hoje em dia os medicamentos geralmente são feitos de componentes que são reunidos. É difícil ter um medicamento que seja 100%, do insumo básico à caixinha de papelão, vindo de um único lugar”, acrescenta.

 

 

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