Política
Presa no 8 de Janeiro diz à PF que deputada do PL organizou caravana para atos golpistas
Depoimento foi revelado pelo site UOL e indica ainda participação de outros dois bolsonaristas do PTB que não foram eleitos
Gizela Cristina Bohrer, uma mulher de 60 anos residente do Mato Grosso e presa por participar dos atos golpistas do dia 8 de Janeiro, afirmou em depoimento à Polícia Federal que foi a Brasília em uma caravana organizada pela deputada federal Coronel Fernanda (PL). A acusação consta em depoimento obtido pelo site UOL e revelado nesta quinta-feira 16. Há ainda a participação de dois candidatos do PTB que não se elegeram.
Segundo o relato, a eleita Coronel Fernanda, Analady Carneiro da Silva (PTB-MT) e Rafael Yonekubo (PTB-MT) são os responsáveis por organizar a ida de bolsonaristas do Mato Grosso para o Distrito Federal. A viagem organizada pelos políticos, diz a presa, não foi cobrada e chegou ao DF no dia 7 de janeiro.
Analady Carneiro da Silva (PTB-MT) e o Rafael Yonekubo (PTB-MT) são acusados de organizaram caravana para os atos golpistas do dia 8 de janeiro.
Fotos: Reprodução
“Todo mundo que vem nesses ônibus vem de graça e recebe todas as refeições de graça”, contou a mulher à PF. “Os três coordenam grupos de WhatsApp e organizam caravanas para Brasília já há dois anos; que tais caravanas tinham por objetivo o apoio ao então Presidente Bolsonaro, tais como fizeram por ocasião dos desfiles de 7 de setembro e 15 de novembro de 2021 e 2022”, diz ainda um trecho do relato publicado pelo site.
A acusação feita pela presa é sustentada não apenas pelo relato, mas também pelos números de telefone indicados por ela como sendo o dos organizadores. Os telefones, conforme registra o site, ainda são utilizados pelos três políticos.
Os três citados, ao site, negaram a participação nos atos golpistas. Em todos os casos alegam apenas que teriam ajudado bolsonaristas no ano passado, para o 7 de setembro. Analady e Rafael, importante ainda lembrar, já foram alvos de operações de busca e apreensão por suspeitas de terem incentivando atos antidemocráticos em dezembro do ano passado.
No depoimento em que indica a organização dos parlamentares bolsonaristas, a presa ainda admitiu ter entrado no Congresso Nacional durante a depredação. Segundo ela, porém, estava em choque com o ocorrido e queria apenas registrar os estragos.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.