Política

Prefeita do PL em Santa Catarina joga livros no lixo por não respeitarem ‘valores’

Juliana Maciel, de Canoinhas, não explicou de forma concreta por que descartou as obras

Prefeita do PL em Santa Catarina joga livros no lixo por não respeitarem ‘valores’
Prefeita do PL em Santa Catarina joga livros no lixo por não respeitarem ‘valores’
Fotos: Reprodução/Redes Sociais
Apoie Siga-nos no

A prefeita de Canoinhas (SC), Juliana Maciel (PL), publicou nas redes sociais um vídeo no qual aparece jogando livros no lixo. Ela se referiu às obras como “porcaria” e alegou que não seriam adequadas para crianças e adolescentes, por não respeitarem seus “valores”.

“Mais uma vez o governo do PT faz este tipo de coisa. Não é o que realmente uma criança ou até um adolescente precisa ler numa biblioteca. Então, aqui em Canoinhas, a gente jogou esse tipo de porcaria no lixo”, disse Maciel, que se elegeu pelo PSDB, mas migrou para o partido de Jair Bolsonaro no ano passado.

Ela não revelou de quais livros se desfez, nem mencionou o conteúdo deles. Instou, porém, outros prefeitos a fazerem um “pente-fino para ver se também não estão sendo enganados mais uma vez por essa política do que a gente não acredita”.

O vídeo recebeu diversas críticas. Na noite desta quinta-feira 18, o comentário mais popular na publicação da prefeita cobrava a divulgação dos títulos e uma explicação sobre os supostos problemas que justificariam a atitude.

“Ah, me esqueci, a extrema-direita não gosta de debate crítico, nem de ouvir especialistas, é tudo na base do ‘achismo’, pânico moral e apelo às emoções e não ao pensamento crítico”, escreveu a internauta. “É ano eleitoral né, precisa fazer essa performance pra garantir votos da base conservadora.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo