Política

Políticos comentam prisão de Mauro Cid e buscas na casa de Bolsonaro: ‘O cerco vai se fechando’

Reações de aliados do ex-capitão, que a casa revistada pela PF, ainda são tímidas

Foto: Alan Santos / PR
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As reações de políticos à Operação Venire, que prendeu o tenente-coronel Mauro Cid, o ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) por falsificação de cartões de vacina, já circulam desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira 3. Em maioria, adversários do ex-presidente celebram a ação da Polícia Federal, enquanto aliados do ex-capitão, que teve a casa revistada e celulares apreendidos, ainda são tímidos.

A deputada Gleisi Hoffmann, presidenta do PT e aliada de primeira ordem do presidente Lula, foi uma das primeiras a comentar a ação. Pelas redes sociais ela citou a suspeita principal que recaí sobre Bolsonaro e seus aliados.

Dia quente logo cedo em Brasília. PF faz buscas na casa de Bolsonaro e prende ex-ajudante Mauro Cid. Operação fraude em cartões de vacinação e rede de dados em saúde de Bolsonaro, familiares e outros pra emitir certificados falsos”, escreveu a parlamentar.

Orlando Silva (PCdoB), deputado que está nos holofotes por ser relator do PL das Fake News, também tratou do assunto em seus perfis. “O cerco vai se fechando. Tic-Tac”, disse após descrever a operação e citar os alvos.

A expressão ‘tic tac’, comumente usada por bolsonaristas que almejavam um golpe de estado, também foi citada por Jandira Feghali (PCdoB). Após citar o balanço da operação da PF a deputada concluiu a publicação em tom de ironia. “Tic tac tic tac #semanistia”.

Elvino Bohn Gass (PT), vice-líder do governo Lula no Congresso, também comentou o tema via redes sociais. Na sua visão, o caso tem potencial para ser um escândalo internacional:

“Se for confirmada a falsificação das carteiras de vacinação, a equipe de Bolsonaro também terá colocado em risco a população dos EUA. O escândalo é internacional!”, publicou o deputado.

Pouco antes, a deputada Maria do Rosário (PT), citou possível participação do ex-presidente no esquema. “Ele [Mauro Cid] agiu sob ordens de quem? É importante lembrar o óbvio: seu cargo se chamava ‘ajudante de ordens’”, anotou.

Guilherme Boulos (PSOL), deputado federal mais votado nas últimas eleições, classificou a prisão de Mauro Cid como um escândalo e comentou que, na antiga gestão, o País estaria sendo governado por ‘gangsters’.

“O Brasil era governado por um grupo de gangsters estilo Hollywood!”, escreveu. “É questão de tempo para o golpista responder por seus crimes na cadeia”, acrescentou pouco depois.

Gilberto Silva (PL), deputado federal e ex-policial militar, foi um dos poucos aliados de Bolsonaro a comentar o tema horas após a operação. Pelas redes sociais classificou a prisão de Mauro Cid como ‘política’,

“Mais um preso político! No Brasil, ainda existe democracia? O coronel do Exército Mauro Cid foi preso de forma inconstitucional. Qual o crime dele? Ter trabalhando com o presidente Bolsonaro”, acusou o parlamentar nas suas redes sociais.

O militar, importante citar, foi preso por suspeitas de integrar um grupo que fraudava dados de vacinação contra a Codid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde. Os itens forjados eram usados para emitir certificados de vacinação e driblar as restrições impostas durante pandemia no Brasil e nos Estados Unidos.

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, também saiu em defesa do aliado. Nas redes escreveu acreditar na inocência do ex-capitão no caso.

“Bolsonaro é uma pessoa correta, íntegra, que melhorou o país e procurava sempre seguir a Lei. Confiamos que todas as dúvidas da Justiça serão esclarecidas e que ficará provado que Bolsonaro não cometeu ilegalidades”, publicou.

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