Política

PGR tenta mais uma vez impedir o uso das conversas de procuradores como provas

Lindôra Araújo também demandou ao STF a ‘consequente contaminação das decisões judiciais que a elas tenham realizado referência’

Créditos: Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil - Arte: Larissa Fernandes/Agência Pública
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A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo, principal aliada de Augusto Aras na PGR, empreendeu uma nova tentativa de invalidar o uso pelo Supremo Tribunal Federal das mensagens trocadas por procuradores da Lava Jato no Telegram e obtidas pela Operação Spoofing.

A manifestação de Lindôra ocorreu na última sexta-feira 25, no âmbito de um recurso da PGR para reverter uma decisão do ministro Ricardo Lewandowski que declarou a “imprestabilidade” de provas decorrentes do acordo de leniência da Odebrecht contra Walter Faria, dono do grupo Petrópolis.

Essa petição do Ministério Público Federal compõe os autos da reclamação em que o ex-presidente Lula obteve acesso às mensagens da Spoofing. Desde então, alega o MPF, réus da Lava Jato tentam se aproveitar da decisão para acessar o acordo de leniência da Odebrecht e os diálogos da Lava Jato.

No documento, Lindôra pede a Lewandowski que “sejam estabelecidos os limites da utilização da prova ilegalmente produzida por meio da invasão de aparelhos telefônicos e aplicativos de trocas de mensagens, na Operação Spoofing, reconhecendo-se, pela atenção aos precedentes desta corte, a ilegalidade total das provas, com a consequente contaminação das decisões judiciais que a elas tenham realizado referência“.

CartaCapital publicou uma série de reportagens a partir do acervo e dos desdobramentos da Operação Spoofing. Mostrou, por exemplo, como a juíza sucessora de Sergio Moro em Curitiba cobrou denúncias da Lava Jato; como Deltan Dallagnol minimizou uma ‘cooperação informal’ com outros países; e como a Polícia Federal tentou ligar Antonio Palocci – e o PT – aos hackers que capturaram as conversas de Moro e Deltan.

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