Política

PGR pede ‘pena exemplar’ para 40 investigados por envolvimento no 8 de Janeiro

Os réus do grupo, composto por suspeitos de execução dos ataques, respondem por cinco crimes no STF

PGR pede ‘pena exemplar’ para 40 investigados por envolvimento no 8 de Janeiro
PGR pede ‘pena exemplar’ para 40 investigados por envolvimento no 8 de Janeiro
Registro dos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. Foto: Sergio Lima/AFP
Apoie Siga-nos no

A Procuradoria-Geral da República pediu a condenação de 40 pessoas acusadas de participação nos atos golpistas de 8 de Janeiro. O órgão apresentou alegações finais em um dos inquéritos em tramitação no Supremo Tribunal Federal.

Os réus desse grupo, composto por suspeitos de execução dos ataques, respondem por cinco crimes:

  • associação criminosa armada;
  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União;
  • deterioração de patrimônio tombado.

Somadas, as penas podem chegar a 30 anos de reclusão.

Segundo o coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR, Carlos Frederico Santos, “a pena a ser aplicada aos acusados deve ser exemplar, por se tratar de crimes graves praticados em contexto multitudinário que visavam a implantar um regime autoritário no lugar de um governo legitimamente eleito”.

Os prejuízos materiais provocados pelos golpistas do 8 de Janeiro chegam a 25 milhões de reais:

  • 3,5 milhões de reais no Senado;
  • 1,1 milhão na Câmara dos Deputados;
  • 9 milhões no Palácio do Planalto (considerando apenas as obras de arte danificadas);
  • 11,4 milhões no STF.

Entre as penas previstas para os crimes está o ressarcimento integral dos danos.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo