Política
PGR pede novas investigações ao STF sobre atos terroristas no DF
A Procuradoria pede ainda que as empresas donas de grandes redes sociais indiquem os perfis de usuários que difundiram mensagens contra a democracia


A Procuradoria-Geral da República solicitou, em ação encaminhada a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, a abertura de três novos inquéritos para apurar a conduta dos responsáveis pelo quebra-quebra promovido por terroristas em Brasília no último domingo 8.
O pedido é assinado pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos. No documento, ele diz que as investigações ficarão divididas em quatro núcleos, que ajudarão a identificar e responsabilizar os executores, financiadores, autores intelectuais e autoridades públicas envolvidas em ações que depredaram as sedes dos Três Poderes.
“É importante prestar celeridade às investigações e para isso é necessário equacioná-las e organizá-las a fim de que as condenações não se afastem da contemporaneidade dos fatos, de forma a permitir o efeito pedagógico da resposta do Estado aos atos criminosos, garantindo-se o devido processo legal”, diz um trecho da representação.
A PGR ainda afirma que vai investigar todos que propagaram, sem provas, as teorias contra o sistema eletrônico de votação e o resultado das eleições, além dos que fizeram ataques ao STF. O subprocurador não cita o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no documento.
Os crimes a serem apurados no inquérito estão relacionados à prática de terrorismo, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, ameaça e perseguição.
Além da abertura das investigações, a PGR também solicitou que o Facebook, TikTok, Instagram e Twitter indiquem os perfis de usuários que difundiram mensagens contra a democracia e contrárias aos resultados das eleições e aos poderes da República.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

‘Não há previsão’, diz advogado sobre a volta de Anderson Torres ao Brasil
Por CartaCapital
Steve Bannon mente sobre a eleição no Brasil e defende atos golpistas contra Lula
Por CartaCapital