Justiça
PGR denuncia Witzel, Pastor Everaldo, ex-Saúde do Rio e mais 10
A denúncia foi levada ao Superior Tribunal de Justiça
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta terça 15 o governador afastado do Rio, Wilson Witzel (PSC), o presidente do PSC, Pastor Everaldo, o ex-secretário de saúde do Rio, Edmar Santos, e outros dez empresários e advogados suspeitos de participação em esquema de propinas na Saúde fluminense.
A denúncia foi levada ao Superior Tribunal de Justiça na esteira da operação Kickback, deflagrada nesta manhã.
Segundo a subprocuradora Lindôra Araújo, Witzel pediu e recebeu propinas de R$ 53 milhões em conluio com Edmar Santos e Edson da Silva Torres, apontado como operador financeiro de Pastor Everaldo.
Os repasses foram feitos pelo empresário José Mariano Soares de Moraes e visavam garantir o pagamento de restos a pagar da Secretaria de Saúde à organização social Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus.
Outro lado
A propina milionária teria sido ocultada por meio de contratos de advocacia firmados pelo escritório Nogueira ?
2 – Suas eventuais relações com as autoridades públicas em nome do HMTJ sempre observaram, estritamente, os preceitos da ética, da transparência e da legalidade;
3 – O Dr. José Mariano foi alvo de mandado de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (15/12), e colaborou com a autoridade policial, visto que já havia se colocado à disposição – inclusive do Ministério Público – para prestar informações sobre o caso e apresentar quaisquer documentos julgados necessários;
4 – A título de esclarecimento, é importante destacar que o Dr. José Mariano não é proprietário do HMTJ. A instituição é uma associação civil e não possui, por isso, um dono, sendo administrada por um Conselho de Administração.
A reportagem continua buscando contato com os demais denunciados. O espaço permanece aberto a manifestações.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Tribunal do impeachment decide que Witzel terá de desocupar Palácio Laranjeiras
Por Estadão Conteúdo
Relatório final de comissão da Alerj defende afastamento definitivo de Witzel
Por Estadão Conteúdo



