Política
PGR denuncia mais 5 pessoas envolvidas em atos de terrorismo na Câmara
Somente no Congresso, estima-se que os prejuízos causados ao erário pelos bolsonaristas somam 13,5 milhões de reais
A Procuradoria-Geral da República denunciou ao Supremo Tribunal Federal mais cinco pessoas envolvidas na depredação da Câmara dos Deputados em 8 de janeiro. As peças foram apresentadas no âmbito do inquérito que investiga os executores da invasão aos prédios dos Três Poderes.
Os bolsonaristas, segundo a PGR, deverão responder pelos seguintes crimes:
- tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito com uso de violência ou grave ameaça;
- golpe de estado;
- dano qualificado por violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima;
- e associação criminosa armada.
Na peça, que está sob sigilo, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos ainda solicita ao STF o bloqueio de bens e a preservação das postagens nas redes sociais dos acusados.
De acordo com o MPF, os bolsonaristas quebraram vidros, móveis, lixeiras, computadores, totens informativos, obras de arte, pórticos, câmeras de circuito fechado de TV, equipamentos de segurança e veículos da Câmara. Eles também acessaram e depredaram espaços da chapelaria, do Salão Negro, das cúpulas, do museu, além de móveis históricos e do tapete do Salão Verde.
O órgão ainda afirma que em caso de recebimento da denúncia, os responsáveis pela depredação também podem responder pelo crime de deterioração de patrimônio tombado. Somente no Congresso Nacional, estima-se que os danos ao erário público somam 13,5 milhões de reais.
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