Política
PF nega renovação e Carlos Bolsonaro perde o porte de arma, diz TV
Segundo a corporação, não há demonstração de ameaças ou riscos individualizados contra o vereador do Rio de Janeiro


O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) perdeu o porte de arma após a Polícia Federal negar a renovação. A informação foi divulgada nesta sexta-feira 21 pela TV Globo.
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou em 4 de julho o requerimento na PF do Rio, mas não obteve a licença para renovar o porte de sua pistola Glock 9 milímetros.
Conforme o documento, revelado pela emissora, Carlos alegou que continuava a preencher o requisito de “efetiva necessidade”, por desempenhar uma profissão supostamente de risco e acreditar que estava com a “cabeça a prêmio”. Disse, ainda, que a PF investiga ameaças na internet contra sua família.
A PF respondeu, porém, que não houve comprovação de ameaças ou riscos individualizados, superiores e distintos em relação aos perigos habituais envolvendo pessoas que também exercem a atividade de vereador.
Segundo a corporação, a documentação não demonstra ameaças que coloquem em risco a integridade física de Carlos. O vereador ainda pode recorrer.
O governo Lula anunciou nesta sexta um pacote de medidas intitulado Programa de Ação na Segurança. Um dos destaques é o decreto que estabelece novas regras para a circulação de armas no País, reduzindo o limite de armamento para caçadores, atiradores e colecionadores, grupo amplamente beneficiado por Jair Bolsonaro.
Entre as novidades também está a retomada da regra a permitir o uso da pistola de calibre 9 milímetros apenas pelas forças de segurança. Em maio de 2019, Bolsonaro havia editado um decreto que liberava a compra de pistolas .40, .45 e 9 milímetros por quem tivesse o porte.
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