Política

PF intima Augusto Heleno a prestar depoimento sobre a ‘Abin paralela’

A agência de inteligência era subordinada ao GSI, pasta comandada pelo general, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL)

O general Augusto Heleno na CPMI do 8 de Janeiro. Foto: Lula Marques/Agência Brasil
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A Polícia Federal intimou a depor o general da reserva do Exército Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

A oitiva, marcada para 6 de fevereiro, ocorrerá na sede da PF, em Brasília, no âmbito da investigação sobre um suposto esquema de monitoramento ilegal por meio da Agência Brasileira de Inteligência, à época subordinada ao GSI.

Atualmente, a Abin está sob o guarda-chuva da Casa Civil.

O depoimento de Heleno ocorrerá após duas operações deflagradas pela PF para apurar os indícios de espionagem irregular.

Na última segunda-feira 29, o alvo foi o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (Republicanos). O filho 02 de Jair Bolsonaro foi retratado pela PF como integrante do chamado “núcleo político” do suposto esquema na Abin.

A ação contra Carlos foi um desdobramento das diligências cumpridas em 25 de janeiro contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), chefe da Abin entre 2019 e 2022. Todas as medidas foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

O esquema sob investigação serviria para monitorar desafetos do governo Bolsonaro, a partir de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis – sem autorização judicial.

A PF indicou que uma organização criminosa espionava autoridades por meio da invasão de aparelhos e computadores, além da infraestrutura de telefonia.

No dia em que a PF foi às ruas para cumprir mandados de busca e apreensão contra Ramagem, CartaCapital informou que aliados de Jair Bolsonaro temiam que Heleno se tornasse alvo de diligências, por ter sido o chefe do então diretor da Abin.

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