A Polícia Federal indiciou, nesta segunda-feira 1, três assessores do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), e quatro mulheres suspeitas de candidatura laranja do partido nas eleições estaduais em Minas Gerais, em 2018.
Eles foram indiciados pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, aplicação irregular de verba e associação criminosa. Os assessores indiciados foram Mateus Von Rondon, Roberto Silva Soares e Haissander Souza de Paula. Já as candidatas suspeitas são Lilian Bernardino, Naftali Tamar, Débora Gomes e Camila Fernandes.
A próxima etapa do inquérito, agora, é no Ministério Público. A investigação contra o partido do presidente Jair Bolsonaro ocorre desde fevereiro. Para promotores, há indícios de fraude nas candidaturas femininas: receberam verba, mas tiveram baixo número de votos.
Em fevereiro, o jornal Folha de S. Paulo divulgou que foram destinados 279 mil reais em verbas públicas do PSL para apenas quatro candidatos do partido no estado do ministro. As quatro candidaturas tiveram, juntas, dois mil votos. A operação investiga se o dinheiro foi para as empresas dos assessores. O ministro era presidente do partido em Minas Gerais.
Na quinta-feira 27, a Polícia Federal chegou a prender os assessores, mas, nesta segunda 1, a Justiça Eleitoral em Belo Horizonte autorizou soltura.
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