Política
Justiça solta 3 assessores de ministro do Turismo ligados a laranjas do PSL
Os assessores são acusados de receber dinheiro público desviado de candidaturas fantasmas em 2018
Três assessores do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que estavam presos temporariamente, tiveram a prisão revogada nesta segunda-feira 1 pelo juiz Renan Chaves Carreira Machado, da 26ª Zona Eleitoral de Belo Horizonte. Eles foram presos na quinta-feira 27 como parte das investigações da Polícia Federal sobre as candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais.
Foram soltos Marcelo Von Rondon, assessor especial do ministro, Roberto Soares e Haissander de Paula, ex-assessores e coordenadores da campanha do ministro a deputado federal em Minas Gerais em 2018.
Ao registrar-se como candidato em 2018, o ministro declarou à Justiça Eleitoral ter 400 mil reais em espécie. No entanto, em suas outras três candidaturas, Antônio tinha um patrimônio muito menor. Em 2012, possuía 83 mil reais ao eleger-se vereador em Belo Horizonte. Em 2014, 80 mil ao concorrer vitoriosamente a deputado federal. Em 2016, 105 mil ao tentar sem sucesso a Prefeitura da capital mineira.
Em fevereiro, o jornal Folha de S. Paulo publicou que foram destinados 279 mil reais em verbas públicas do PSL para apenas quatro candidatos do partido no estado do ministro. As quatro candidaturas tiveram, juntas, dois mil votos.
A operação investiga se o dinheiro foi parar nas empresas dos assessores. O ministro era presidente do PSL em Minas Gerais.
Na sexta-feira 28, o juiz já tinha negado o pedido de soltura feito pela defesa.
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