Mauro Paulino, diretor do instituto Datafolha, afirmou em sua conta no Twitter que as pesquisas eleitorais “evidenciaram a impulsão da onda nos momentos finais” do primeiro turno, ao comentar reportagem da Folha de S.Paulo sobre a contratação por empresas de um serviço de disparo de mensagens para distribuir propaganda anti-PT. Não declarada pela campanha de Jair Bolsonaro, a prática pode ser enquadrada como doação empresarial, o que é vedado pela legislação eleitoral.
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“Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal são claros exemplos. Ao se comparar as fotos das vésperas, registradas por Ibope e Datafolha, em comparação com a foto das urnas, o fenômeno é claramente explicitado”, escreveu Paulino, ao compartilhar a matéria sobre a contratação de disparos de mensagem.
PESQUISAS ELEITORAIS evidenciaram a impulsão da onda nos momentos finais. RJ, MG e DF são claros exemplos. Ao se comparar as fotos das vésperas, registradas por Ibope e Datafolha, em comparação com a foto das urnas, o fenômeno é claramente explicitado. https://t.co/BGzWxXFssU
— Mauro Paulino (@MauroPaulino) 18 de outubro de 2018
A matéria publicada pela Folha nesta quinta-feira 18 aponta que o candidato Romeu Zema, do Novo, declarou ao TSE um pagamento de 200 mil reais à empresa Croc Services para impulsionar conteúdos. Segundo a empresa, foi feito disparos em massa em favor do candidato, mas apenas para filiados do partido, o que é legal.
As pesquisas Datafolha e Ibope de sábado 6, véspera do primeiro turno, indicavam que Bolsonaro tinha entre 40 a 41% das intenções de voto, mas terminou a disputa com 46% dos voto válidos. Os candidatos Zema, Wilson Witzel, do PSC, e Ibaneis, do MDB, disparam repentinamente em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal.