Política

Pesquisas evidenciaram impulsão de mensagens, diz diretor do Datafolha

Ao comentar reportagem da Folha sobre disparo irregular de mensagens contra o PT, Mauro Paulino disse que fenômeno ficou explícito

Mensagens de WhatsApp foram decisivas para ascensão de candidatos na reta final do primeiro turno
Apoie Siga-nos no

Mauro Paulino, diretor do instituto Datafolha, afirmou em sua conta no Twitter que as pesquisas eleitorais “evidenciaram a impulsão da onda nos momentos finais” do primeiro turno, ao comentar reportagem da Folha de S.Paulo sobre a contratação por empresas de um serviço de disparo de mensagens para distribuir propaganda anti-PT. Não declarada pela campanha de Jair Bolsonaro, a prática pode ser enquadrada como doação empresarial, o que é vedado pela legislação eleitoral. 

Leia também:
Haddad: Bolsonaro patrocinou com dinheiro sujo campanha para me atacar
Quem financia e quanto custa a campanha de Bolsonaro no WhatsApp?

“Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal são claros exemplos. Ao se comparar as fotos das vésperas, registradas por Ibope e Datafolha, em comparação com a foto das urnas, o fenômeno é claramente explicitado”, escreveu Paulino, ao compartilhar a matéria sobre a contratação de disparos de mensagem. 

A matéria publicada pela Folha nesta quinta-feira 18 aponta que o candidato Romeu Zema, do Novo, declarou ao TSE um pagamento de 200 mil reais à empresa Croc Services para impulsionar conteúdos.  Segundo a empresa, foi feito disparos em massa em favor do candidato, mas apenas para filiados do partido, o que é legal.

As pesquisas Datafolha e Ibope de sábado 6, véspera do primeiro turno, indicavam que Bolsonaro tinha entre 40 a 41% das intenções de voto, mas terminou a disputa com 46% dos voto válidos. Os candidatos Zema, Wilson Witzel, do PSC, e Ibaneis, do MDB, disparam repentinamente em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal. 

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo