Justiça

Pedido para incluir Zambelli em lista de procurados chega à Interpol

O objetivo, segundo o ministro do STF Alexandre de Moraes, é ‘viabilizar o competente pedido de extradição’

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A deputada federal Carla Zambelli. Foto: Lula Marques/Agência Brasil
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A Polícia Federal enviou nesta quarta-feira 4 à Interpol o pedido de inclusão de Carla Zambelli (PL-SP) na difusão vermelha. A solicitação partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que também determinou a prisão preventiva da deputada federal.

O objetivo de incluir Zambelli na lista da Interpol, segundo Moraes, é “viabilizar o competente pedido de extradição”.

A difusão vermelha é um dos instrumentos mais importantes da Organização Internacional de Polícia Criminal, a Interpol, que reúne forças de segurança de 196 países. Trata-se de um alerta internacional emitido a pedido de um Estado-membro, a fim de localizar e prender uma pessoa foragida.

Em maio, por 5 votos a 0, a Primeira Turma do STF sentenciou Zambelli a dez anos de prisão e à perda do mandato no caso da invasão a sistemas do Conselho Nacional de Justiça. A deputada, que anunciou na terça-feira 4 ter saído do Brasil, é considerada foragida.

Caso a Interpol aprove a solicitação, Zambelli poderá ser presa provisoriamente em qualquer país que coopere com o Brasil por meio da organização, incluindo os Estados Unidos e a Itália – embora a decisão de detê-la ou não dependa da legislação local e de acordos bilaterais.

Ao determinar a prisão, Moraes afirmou que a jurisprudência do Supremo “é firme no sentido da decretação da prisão em razão da fuga do distrito da culpa, quando demonstrada a pretensão de se furtar à aplicação da lei penal”.

No caso da bolsonarista, escreveu o ministro, é inequívoca a natureza da “viagem” ao exterior: escapar da aplicação da lei, em razão da proximidade do julgamento do recurso da defesa da deputada contra a condenação — a Primeira Turma começará a analisar os embargos de declaração nesta sexta-feira 6.

“Lamentavelmente, o intuito criminoso de Carla Zambelli permanece ativo e reiterado, insistindo a condenada — mesmo que de modo atabalhoado e confuso — na divulgação de notícias fraudulentas, no ataque à lisura das eleições e nas agressões ao Poder Judiciário.”

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