Política

Pedido de prisão de Bolsonaro chega a 300 mil assinaturas, diz PSOL

O partido quer que o STF determine a prisão preventiva do ex-presidente

Foto: JOE RAEDLE/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/Getty Images via AFP
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A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados anunciou a obtenção de 300 mil assinaturas em um documento que pede a prisão de Jair Bolsonaro (PL). Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira 15, em Brasília, os parlamentares pediram urgência para que o Supremo Tribunal Federal determine a prisão preventiva do ex-presidente.

O partido acionou a Corte em 2 de janeiro com um requerimento de prisão cautelar. A bancada também pede a quebra dos sigilos telefônico e telemático, a busca e a apreensão de provas para evitar destruição ou ocultamento de indícios criminosos e a apreensão do passaporte de Bolsonaro.

“Em relação ao fumus comissi delicti, não há qualquer dúvida de que Jair Messias Bolsonaro estimula os atos golpistas, dando declarações de que não seria possível aceitar os resultados da eleição em que não se sagrasse vencedor a fim de justificar o armamento de seus seguidores; por sua vez, o periculum libertatis está demonstrado com a cada vez maior radicalização de sua base a partir do silêncio insidioso e estratégico do ex-presidente, caracterizando verdadeiro risco à ordem pública“, diz a ação.

Em 11 de janeiro, depois dos ataques golpistas em Brasília, o PSOL acrescentou à petição um pedido de suspensão imediata das redes sociais do ex-capitão.

A legenda considerou que ele havia estimulado os atos antidemocráticos ao compartilhar um vídeo, em 10 de janeiro, que diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “não foi eleito pelo povo” e sim “escolhido pelo STF e TSE”.

O PSOL também criou um site com o título “Bolsonaro preso” para atrair novos apoiadores do abaixo-assinado. A plataforma defende a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar organizadores e financiadores dos atos golpistas. O próprio presidente Lula, porém, já disse ser contrário à abertura de uma CPI.

Bolsonaro permanece nos Estados Unidos, após ter se dirigido ao país com um visto diplomático, dois dias antes de seu mandato acabar. O visto já expirou, mas ele entrou com um pedido de autorização para ficar nos EUA como turista.

Ao Wall Street Journal, o ex-presidente disse que pretende retornar ao Brasil em março para liderar a oposição contra Lula. No entanto, ao Corriere Della Sera, Bolsonaro também havia sugerido que poderia obter o direito à cidadania na Itália.

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