Política

PDT vetará candidatos de movimentos com financiamento privado, diz Lupi

Situação fica mais complexa para a deputada Tabata Amaral (PDT-SP), que integra o Movimento Acredito

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Em sua conta no Twitter, o presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT), Carlos Lupi, anunciou nesta quarta-feira 17 que a legenda não lançará mais candidaturas de integrantes de movimentos que recebam financiamento privado.

A declaração ocorre após o partido suspender oito deputados que traíram o fechamento de questão e votaram a favor da reforma da Previdência, na última semana. Os parlamentares suspensos são Tabata Amaral (SP), Alex Santana (BA), Flávio Nogueira (PI), Gil Cutrim (MA), Jesus Sérgio (AC), Marlon Santos (RS), Silvia Cristina (RO) e Subtenente Gonzaga (MG).

A decisão deixa a situação de Tabata Amaral ainda mais complexa, já que a parlamentar faz parte do Movimento Acredito, que se intitula como “movimento nacional e suprapartidário” e defende pautas relacionadas à economia, diversidade e sustentabilidade. A organização rejeita a acusação de que recebe dinheiro de empresas: em seu site, diz que é financiada apenas por doações de pessoas físicas e que há limite de valores para um mesmo CPF.

Entretanto, o ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes atacou o movimento, no último sábado 13, em discurso num evento em São Paulo. O ex-candidato à presidência afirmou que a organização atua na clandestinidade e que Tabata faz “dupla militância”.

“Um cidadão aí inventou que o PDT aceitou a autonomia do Movimento Acredito. Isso não existe. Nunca existiu. Eu acho que todo mundo pode participar de qualquer movimento, mas se você tem um partido clandestino para burlar a legislação que proíbe financiamento empresarial, isto é uma coisa muito mais grave”, declarou. “A partir de um partido clandestino que tem suas regras e seu programa próprio, você se infiltra nos outros partidos, e usa o fundo partidário, tempo de TV, quociente eleitoral, para se eleger e fazer o serviço do outro partido? Aí é um problema de dupla militância.”

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