Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, foi condenado nesta quinta-feira 28 pelos crimes de cartel e fraude a licitação, com uma pena de 27 anos e oito dias – sendo os primeiros oito anos em regime fechado.
Acusado pelo Ministério Público Federal de São Paulo, o ex-diretor da Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa) interferiu em obras do Rodoanel e do Sistema Viário Metropolitano de São Paulo entre 2004 e 2015. Ele está preso em regime preventivo desde o 19 de fevereiro, fruto da Operação Ad Infinitum, que investigou R$ 130 milhões mantidos em contas controladas pelo executivo. As suspeitas são de que ele seria o operador do PSDB em esquemas na Petrobras. Na ocasião também foram expedidos mandados de busca e apreensão contra o ex-ministro das Relações Exteriores do governo Temer, Aloysio Nunes.
O cartel foi descoberto por meio de uma delação premiada realizada com oito executivos da construtora Odebrecht. Segundo eles, o esquema de corrupção tinha o aval da Dersa (de âmbito estadual), da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), além da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras de São Paulo.
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