Política

Paulo Guedes pede desculpas por chamar servidor público de “parasita”

O ministro da Economia havia afirmado que o governo está quebrado porque gasta 90% da sua receita com servidores do Estado

Paulo Guedes pede desculpas por chamar servidor público de “parasita”
Paulo Guedes pede desculpas por chamar servidor público de “parasita”
Ministro da economia, Paulo Guedes. Foto: Carolina Antunes/PR
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu desculpas por ter chamado os servidores públicos de parasitas. Em um comunicado enviado à imprensa, o economista disse que sua fala foi tirada de contexto e que se referia a estados e municípios em casos extremos quando toda a receita vai para salários, e não para saúde, educação e segurança.

“Eu me expressei muito mal, e peço desculpas não só a meus queridos familiares e amigos mas a todos os exemplares funcionários públicos a quem descuidadamente eu possa ter ofendido”, afirmou.

A fala do ministro, que repercutiu principalmente entre os servidores, foi feita na última sexta-feira 7, em um seminário sobre o Pacto Federativo, realizado pela Escola Brasileira de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.

O chefe da área econômica defendia a reforma administrativa, que deve ser analisada no Congresso Nacional neste ano. Segundo ele, o governo está quebrado porque gasta 90% da sua receita com servidores do Estado.

“O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação, tem estabilidade de emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo. O hospedeiro está morrendo. O cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático. Não dá mais, a população não quer isso”, afirmou o ministro.

Guedes disse ainda que 88% da população brasileira são favoráveis à demissão de funcionários públicos e de “reforma para valer”. Ele se referiu à pesquisa do Instituto Datafolha divulgada em janeiro, que aponta que 88% dos brasileiros apoiam a demissão de servidores com mau desempenho.

Ele argumentou que o reajuste anual dos salários dos servidores não cabe no orçamento da máquina pública e afirmou que o clima do Congresso Nacional é favorável à aprovação da reforma administrativa.

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