Política

Pastor André Valadão diz que Deus ‘odeia o Orgulho’, em referência à comunidade LGBT+

Líder da Igreja Batista Lagoinha afirmou que o mês dedicado ao respeito pela diversidade sexual e de gênero deve causar repulsa

Pastor André Valadão diz que Deus ‘odeia o Orgulho’, em referência à comunidade LGBT+
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Reprodução redes sociais
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O pastor André Valadão, líder da Igreja Batista Lagoinha em Orlando, publicou uma postagem nas redes sociais com os dizeres “Deus odeia o orgulho”, referindo-se à comunidade LGBTQIA+. As letras estavam pintadas com o arco-íris.

“Considero que hoje é o mês que Deus mais repugna na humanidade”, acrescentou na legenda.

A publicação vai ao encontro da agenda anti-LGBTQIA+ defendida pelo religioso e coincide com o mês dedicado às reivindicações de direitos e respeito à diversidade sexual e de gênero.

“A tendência de quem peca é se esconder e não ‘sair do armário’, porque pecado gera falta de paz e medo das consequências”, alegou Valadão.

Apesar da postura do líder, a própria Igreja Lagoinha possui um coletivo de acolhimento, chamado Movimento Cores. Nesta segunda-feira, o grupo publicou nas redes a mensagem de um integrante com a camiseta de arco-íris. 

“Avante, Cores, que o Dona da Vida está e sempre estará de braços abertos, o Deus ensanguentado de amor, morreu por nós e a Ele nos prostramos em afeto, reverência carinhosa e paixão”, diz o post.

Essa não é a primeira vez que Valadão se manifesta de forma incisiva contra a comunidade. “Olha como o Espírito Santo trata a promiscuidade”, disse em uma pregação. “Hoje você vê um debate de um homem que se sente mulher [e quer] competir em competições femininas. Eu vi esses dias um vídeo uma manifestação na Europa de pessoas que se sentem cachorros, de quatro, latindo na rua.”

André Valadão ganhou destaque durante a campanha eleitoral de 2022, demonstrando apoio à reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Em uma postagem polêmica, afirmou que o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes havia determinado que ele se retratasse por desinformação publicada nas redes. No entanto, tal ordem nunca foi expedida pelo magistrado. 

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