Política

Paralisação bolsonarista compromete transporte de insumos básicos para realização de exames médicos

Segundo associação de medicina, o bloqueio nas estradas gerou prolongamento na análise de exames laboratoriais e entrega de materiais hospitalares em todo o País

Foto: AFP
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A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (ABRAMED) alertou nesta terça-feira 1, que devido a paralisação de caminhoneiros, resultados de exames e cargas com insumos básicos estão com um tempo maior para chegar aos hospitais. 

Sem o processamento dos exames no tempo determinado, a atuação médica fica comprometida. A associação teme ‘interrupção total da assistência aos pacientes’, caso os protestos continuem. 

“Diante dos relatos do prolongamento das dificuldades logísticas que se apresentam neste momento no País, ressalta que laboratórios de medicina diagnóstica de todas as regiões brasileiras já registram dificuldades em relação ao transporte e abastecimento de insumos, como reagentes e contrastes, e até mesmo de amostras coletadas dos pacientes para processamento de exames”, afirma a ABRAMED, em nota.

Ainda na saúde, além dos insumos para o processamento dos exames, materiais do Instituto Butantan também ficaram presos no bloqueio.

Uma carga com 520 mil ovos usados para produção de vacinas contra a gripe está presa no bloqueio próximo a Jundiaí, no interior de São Paulo.

Nesse caso, o processo de fabricação pode ter um prejuízo de 1 milhão e meio de doses do imunizante contra o vírus influenza.

Além disso, também entra em risco a oferta de oxigênio nos hospitais, sobretudo para pacientes em estado grave. A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), que gerencia atendimentos de emergência, alertou sobre as consequências da paralisação.

“Especificamente no setor de saúde, as manifestações estão colocando em risco o transporte de Oxigênio Líquido Medicinal, destinado a clínicas e hospitais, locais nos quais é utilizado para a manutenção e preservação da vida de pacientes em UTI’s ou CTI’s em estado crítico, ou que estejam sofrendo de crise respiratória”, afirma. 

Em relação a liberação das vias, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes decidiu nesta terça-feira que os agentes da Polícia Militar têm autorização para atuar em rodovias estaduais e federais para imediata desobstrução. 

Os agentes também podem identificar caminhões utilizados para bloqueios de tráfego para que seja aplicada multa de 100 mil reais por hora e prisão em flagrante.

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