Política
Para metade do País, governo Bolsonaro está ‘muito pior’ que o esperado
A rejeição ao presidente chega a 67% do eleitorado e a aprovação ao comportamento do chefe do Executivo é de 29%
Pesquisa da Genial Investimentos com a Queast, divulgada nesta quarta-feira 7, aponta que 49% dos brasileiros estão “frustrados” com o governo do presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com o levantamento, feito presencialmente entre 1 e 4 de julho com 1500 pessoas nos 27 estados, para 27% dos eleitores o governo está “pior do que se esperava” e, para 22%, “muito pior do que se esperava”. Já para 20%, a gestão federal está “melhor” ou “muito melhor”.
A rejeição ao presidente chega a 67% do eleitorado e a aprovação ao comportamento do chefe do Executivo é de 29%. O governo é reprovado por 57% e aprovado por 41%.
Para o CEO da Queast, Felipe Nunes, a reprovação à gestão federal não difere muito de governos anteriores que, em dado momento, também tiveram altos índices de rejeição, segundo avaliou levando em conta levantamentos feitos pelo extinto Ibope. Nunes destaca, porém, chama atenção a rejeição à figura do presidente.
“Fernando Henrique, Lula, Dilma e Temer na metade do mandato tinham os governos com avaliação negativa. Apesar disso, o índice de rejeição de Bolsonaro só perde para Temer no mesmo período. O que chama atenção é a desaprovação ao presidente, ou seja, o governo é mais bem visto que o próprio presidente”, afirmou.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.