Política

Para atrair Cidadania, Doria se reúne com Eliziane Gama, cotada para vice

Em meio a questionamentos internos, tucano busca aliança; senadora diz que pode agregar por ser ‘evangélica e nordestina’

Fotos: Jane de Araujo/Agência Senado e GOVSP
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Enquanto tem sua candidatura questionada por setores do PSDB, o governador de São Paulo, João Doria, trabalha para conseguir colocar de pé a aliança com o Cidadania. Diante da resistência do pré-candidato da sigla, o senador Alessandro Vieira (ES), que prefere uma federação com o Podemos e participa de conversas com o MDB, o paulista tem mantido encontros com a senadora Eliziane Gama (MA).

Na segunda-feira, a parlamentar do Cidadania, que atuou na CPI da Covid, participou da reunião do secretariado de Doria no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo. Como o tucano diz que gostaria de ter uma vice mulher, o nome dela tem sido cotado para a vaga, mas nenhum convite foi feito. Nos bastidores, a também senadora Simone Tebet (MDB-MS) é citada como uma possibilidade de composição, embora mantenha sua pré-candidatura.

Eliziane diz que é cedo para cravar que será vice de Doria, mas acredita que pode agregar à candidatura do tucano por ser “mulher, evangélica e nordestina”. Atualmente, o PSDB enfrenta dificuldades para construir palanques para Doria, que ainda não decolou nas pesquisas de intenção de voto. Com Eliziane na chapa, aliados avaliam que Doria poderia ganhar capilaridade no Nordeste.

— Temos uma trajetória ainda a trilhar até chegar à indicação da vice. Mas para mim é uma honra ser lembrada para uma chapa de terceira via. Considero fundamental apresentar uma alternativa para unificar esse campo com uma candidatura competitiva — afirmou Eliziane ao GLOBO.

O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, tem ponderado que ainda é preciso avançar nas tratativas entre as siglas para aprovar a federação, mas se mostra otimista — ele é entusiasta da entrada de Eliziane na composição com Doria. O principal obstáculo para a aliança, segundo líderes partidários, é a exigência da norma das federações para que os partidos atuem juntos por quatro anos, inclusive nas eleições municipais.

Um exemplo das dificuldades ocorre na Paraíba, onde o PSDB faz oposição a João Azevedo, que concorrerá à reeleição e é o único governador filiado ao Cidadania. Lá, o PSDB lançou a pré-candidatura do deputado Pedro Cunha Lima.

De acordo com membros da direção nacional do Cidadania, embora haja resistência de Alessandro Vieira e de algumas alas da sigla, a tendência é que o senador retire sua pré-candidatura e que a sigla aprove a federação com o PSDB numa reunião da executiva nacional no próximo dia 15.

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