A posse do ministro Alexandre de Moraes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral, nesta terça-feira 16, teve encontros de adversários políticos e reaproximação de ex-aliados.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) sentou-se ao lado de Moraes e, antes do discurso do magistrado, trocou sorrisos e algumas palavras. O clima era diferente dos embates envolvidos em processos que podem comprometer o ex-capitão e ameaças de não cumprir ordens judiciais.
No entanto, Moraes, logo em seguida, defendeu a efetividade das urnas eletrônicas, alvos de ataques de Bolsonaro, e elogiou o trabalho da Justiça Eleitoral. “Ela existe para garantir que o exercício da democracia seja realizado de maneira segura, confiável e transparente.” Bolsonaro não aplaudiu.
O evento contou com as presenças dos ex-presidentes Lula (PT), Dilma Rousseff (PT), Michel Temer (MDB) e José Sarney (MDB).
Em diversos momentos, Lula conversou com Temer. A campanha do ex-presidente tentou uma aproximação com o MDB para obter o apoio do partido já no primeiro turno da eleição deste ano. O emedebista, no entanto, sempre foi uma voz contrária à aliança.
O diálogo entre Lula e Temer não se estendeu a Dilma, que recentemente disse que o ex-aliado “não engana a mais ninguém”.
“Eu agradeceria que o senhor Michel Temer não mais buscasse limpar sua inconteste condição de golpista utilizando minha inconteste honestidade pessoal e política”, chegou a escrever a petista. “É justamente essa qualidade que despreza, rejeita e repudia uma avaliação que parte de alguém que articulou uma das maiores traições políticas dos tempos recentes.”
Por outro lado, logo ao chegar, o ministro da Economia, Paulo Guedes, fez questão de cumprimentar a ex-presidente, com quem trocou algumas palavras após apertar as mãos de Lula, Sarney e Temer.
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