Justiça

Os critérios para escolher o próximo ministro do STF, segundo Lula

Caberá ao presidente indicar um novo membro da Suprema Corte após Barroso antecipar sua aposentadoria

Os critérios para escolher o próximo ministro do STF, segundo Lula
Os critérios para escolher o próximo ministro do STF, segundo Lula
Lula em coletiva de imprensa na Itália. Foto: Andreas SOLARO / AFP
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O presidente Lula (PT) detalhou nesta segunda-feira 13 os critérios para seleção do próximo ministro do Supremo Tribunal Federal. As declarações foram dadas durante uma entrevista coletiva após participação da abertura do Fórum Mundial da Alimentação da FAO, em Roma, na Itália.

Lula destacou que a escolha do novo integrante da Corte é uma atribuição exclusiva do presidente da República e que fatores pessoais, como amizade, não terão influência na sua decisão. “Eu não quero um amigo, eu quero um ministro da Suprema Corte que terá como missão específica cumprir a Constituição brasileira”, disse. “Eu quero uma pessoa, não sei se mulher ou homem, não sei se preto ou branco, mas, antes de tudo, gabaritada”, afirmou.

Segundo Lula, o perfil do indicado será avaliado principalmente pela capacidade de desempenhar o papel de magistrado de forma independente e técnica, não por relações pessoais ou afinidades políticas.

O petista informou ainda que, ao retornar ao Brasil, realizará consultas internas com integrantes de seu governo antes de anunciar oficialmente o nome que será submetido à sabatina no Senado. 

A declaração ocorre poucos dias depois da aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso, anunciada na última quinta-feira 9, e acende a disputa sobre a sucessão no STF.

Entre os cotados para a vaga estão o advogado-geral da União Jorge Messias, o senador Rodrigo Pacheco, o ministro do TCU Bruno Dantas, o controlador-geral da União Vinícius Carvalho e a presidente do Superior Tribunal Militar, Maria Elizabeth Rocha.

A expectativa é de que a indicação do sucessor de Barroso seja feita rapidamente, permitindo que a sabatina no Senado aconteça ainda antes do recesso parlamentar, sem influenciar diretamente a agenda eleitoral de 2026.

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