Oposição ainda mira o impeachment de Bolsonaro

'O resultado que a CPI aponte, seja do ponto de vista jurídico ou político, pode ser o andamento do afastamento do presidente', diz deputado

Foto: Marcos Corrêa/PR

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O impeachment do presidente Jair Bolsonaro voltou a ser discutido entre deputados e senadores de oposição após o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, determinar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar a omissão do governo federal no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.

Nesta terça-feira 13, parlamentares e presidentes do PSOL, PT, PCdoB, PSB, UP, PDT, Rede, Cidadania e PV reuniram-se em busca de uma unidade no discurso para propor soluções nas crises: política, social, econômica e sanitária.

A avaliação é que a CPI da Covid-19, que deve ter o requerimento lido no Plenário do Senado hoje, pode se tornar um fio condutor para o afastamento de Bolsonaro.

Os parlamentares avaliam que a CPI é uma oportunidade para se aproximarem da população que sofre os efeitos da turbulência que o País atravessa.

“É um espaço importante para que se possa falar com a sociedade”, disse um deputado que participou do encontro em conversa com CartaCapital.

“O resultado que a CPI aponte, seja do ponto de vista jurídico ou político, pode ser o andamento do impeachment”, acrescentou o parlamentar.


 

 

 

O presidente do PSOL, Juliano Medeiros, afirmou que são três os principais pontos de convergência da oposição: CPI restrita a investigar o governo federal, aumento o valor do auxílio emergencial e o impeachment de Bolsonaro.

Na sua avaliação, há “um começo de crise política” com a indefinição do orçamento de 2021 e a decisão do STF sobre a CPI no Senado.

 

 

Na reunião, a oposição discutiu a possibilidade do STF, em sessão nesta quarta-feira 14, confirmar a instalação de comissão parlamentar somente para após a retomada das sessões presenciais no Senado.

Os parlamentares vão debater, nos próximos dias, a depender do cenário que se desenha, a criação de uma CPI na Câmara dos Deputados.


 

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