Em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira 20, o ministro da Justiça, Flávio Dino, fez um balanço da Operação Escola Segura.
Ao todo, são 1738 investigações em andamento pelas polícias civis estaduais e pela Polícia Federal. Desde o dia 5 de abril foram efetuadas 302 prisões de suspeitos de planejarem e ameaçarem instituições de ensino. Outras 1062 pessoas foram conduzidas as delegacias para prestar depoimento sobre supostos ataques.
As polícias também tem intensificado buscas e apreensões, visando apreensão de armamentos letais e não letais, bem como artefatos ligados a grupos neonazistas ou nazistas.
“Normalmente os agrupamentos se inspiram na reverberação do nazismo, são perfis que circulam nessa ideologia. Não é algo concentrado, é difuso nos estados. São poucas pessoas, mas são pessoas perigosas, por isso que estamos atuando junto à Polícia Federal”, afirmou.
O ministro destacou ainda que o governo federal tem atuado de forma integrada com estados e municípios a fim de monitorar e prevenir novos casos de violência contra instituições de ensino.
“A decisão sobre seguranças armados é de cada escola. Estamos trabalhando nas investigações e na inteligência. Segurança ostensiva é gerida por governadores e prefeitos”, reforçou.
O governo federal também faz um monitoramento intensivo das redes sociais buscando indícios de novos atos, bem como envolvimento de suspeito na organização de novos ataques.
“Temos 812 solicitações de preservação para investigações ou pedido de retirada de conteúdo das redes sociais. Todas as redes estão colaborando. A Anatel notificará o Telegram e outras operadoras que não estejam colaborando com as polícias”, disse Dino.
Até o momento, 4253 policiais foram deslocados para a operação Escola Segura. Na segunda-feira, deve ser publicado o edital para financiamento de projetos que visem a segurança nas escolas. O valor destinado às ações é de 100 milhões de reais.
Outros 100 milhões serão destinados para aprimoramento das rondas escolares e das guardas municipais.
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