Política

‘Óbito de crianças estão dentro de um patamar que não implica em decisões emergenciais’, diz Queiroga sobre vacinação

Brasil registra uma morte de criança por covid-19 a cada dois dias

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga afirmou, na manhã desta quinta-feira 23, que o grupo de crianças entre 5 e 11 anos é “onde se identifica menos óbitos em decorrência da Covid-19”, sendo assim, não é preciso decidir com urgência sobre a vacinação do grupo.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, mais de 300 crianças já morrem em decorrência da covid-19. Somente em 2021 foram registrados 3.185 casos da doença na faixa etária. 

“Os óbitos de crianças estão dentro de um patamar que não implica em decisões emergenciais. Ou seja, isso favorece que o ministério possa tomar uma decisão baseada na evidência científica de qualidade, na questão da segurança, na questão da eficácia. Afinal de contas, nós queremos levar para os pais e para as mães uma palavra de conforto e de esperança e hoje nós estamos na época do Natal, é uma época propícia para isso”, afirmou o ministro. 

Nesta quarta-feira 22 a Saúde oficializou a realização de uma consulta pública sobre a vacinação de crianças dos 5 aos 11 anos. 

A medida causou preocupação a especialistas da saúde. 

Ainda segundo o ministro, os óbitos de crianças “estão dentro de um patamar que não implica em decisões emergenciais”.

Queiroga também afirmou não haver evidências científicas de que os imunizastes aplicados pela Anvisa têm eficácia contra a variante Ômicron. 

“O lugar para se discutir esses temas é aqui no Ministério da Saúde. A consulta pública visa ouvir a sociedade, isso não é uma eleição, isso não é para opinião de grupo de “zap”. Nós queremos ouvir a sociedade, inclusive ouvir os especialistas. Nós não podemos ouvir os especialistas nos canais de televisão. O ministério não se guia pelas opiniões que são exaradas nos canais de televisão, embora respeitemos a imprensa. O lugar de se debater isso com especialistas é em uma audiência pública no Ministério da Saúde”, disse. 

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