Política

O que se sabe sobre a delação que implica Romário e Marcos Braz em suposto esquema de corrupção

Dupla foi acusada de desviar recursos públicos do Rio de Janeiro; esquema teria funcionado em 2015

O senador Romário e o vereador Marcos Braz. Fotos: Divulgação
Apoie Siga-nos no

O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) investigam o senador Romário (PL-RJ) e o vereador Marcos Braz (PL), do Rio, que também é vice-presidente de futebol do Flamengo, por um suposto esquema de desvio de dinheiro público.

O desvio de verbas estaria ligado a projetos de esportes da Prefeitura do Rio de Janeiro. As informações sobre o caso foram divulgadas nesta segunda-feira 27 pelo site UOL.

De acordo com a publicação, as investigações começaram após a delação premiada do empresário Marcus Vinícius Azevedo da Silva. Preso em 2019 sob acusação de praticar desvio de recursos de projetos sociais do governo e da prefeitura do RJ, ele assinou o acordo em 2020 com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Segundo o delator, os valores eram desviados para uma ONG, voltada ao “favorecimento ilícito de Romário”. Os pagamentos teriam acontecido no período em que Braz esteve à frente da Secretaria Municipal de Esportes do Rio, entre janeiro de 2015 e março de 2016.

A publicação aponta que, de acordo com o depoimento, a ONG recebia recursos por meio de contratos com a prefeitura. Entretanto, os desvios aconteciam pelo pagamento de valores maiores do que os referentes aos serviços que, de fato, foram prestados.

Em meio à investigação, o MPF pediu informações à prefeitura do RJ sobre quais contratos foram assinados por Braz com o Centro Brasileiro de Ações Sociais para Cidadania (Cebrac). 

De acordo com a publicação, o valor total é referente a dois contratos, somando 13 milhões de reais. O primeiro contrato é de julho de 2015 e foi feito para a gestão da Vila Olímpica do Greip. O segundo, de novembro daquele ano, é de 8,5 milhões de reais, e teve como objeto a administração da Vila Olímpica Nilton Santos.

Ao se pronunciar sobre o caso, a assessoria de Romário disse que a delação é “vaga e imprecisa”. 

“O senador Romário não responde pelas ações do secretário [Braz] no exercício de suas funções. Ele reafirma sua confiança na Justiça e no inquestionável arquivamento da investigação”, afirmou ao site.

Já Marcos Braz, procurado para tratar do tema, resolveu não se manifestar.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo