O que os brasileiros pensam sobre aborto, urnas e governo Bolsonaro, segundo pesquisa Atlas

Uma pesquisa Atlas Intel/Arko Advice publicada nesta quinta-feira 25 mosta que 53,9% dos brasileiros consideram o governo de Jair Bolsonaro (PL) ruim ou péssimo, enquanto 29,9% o veem como bom ou ótimo. Para 15,3%, ele é regular, enquanto 0,9% não soube responder.

56,5% disseram desaprovar o desempenho do presidente, ante 39,5% que o aprovam e 4% que não sabem.

Confira outros resultados do levantamento.

Economia

Questionados sobre como avaliam a situação econômica da própria família no momento, 44% a classificaram como ruim, 29% como normal e 28% como boa.

A situação econômica do Brasil é ruim para 58%, boa para 25% e normal para 19%. Já a situação do emprego no País é ruim para 59%, boa para 23% e normal para 19%.

67% acham que melhorará a situação da família, do Brasil e do emprego daqui a seis meses. Para 24%, a situação da família vai ficar igual, enquanto para 22% não haverá mudança na situação do Brasil e na do emprego. Para 11%, vai piorar a situação da família e para 13% vai piorar a situação do Brasil e a situação do emprego.

Urnas eletrônicas

A pesquisa também mediu o nível de confiança nas urnas, alvos constantes de ataques infundados de Jair Bolsonaro. 52,6% afirmaram confiar no sistema, enquanto 36,1% disseram não confiar e 11,4% não souberam.

Para 31,7%, não há qualquer risco de fraude eleitoral em 2022. 22% disseram ver um risco baixo, enquanto 35,7% apontaram risco alto. 10,7% não souberam.

Os problemas do País

O instituto perguntou aos entrevistados qual é o maior problema do Brasil hoje. Confira o ranking das respostas:

• Pobreza e desigualdade social: 20%
• Corrupção: 19%
• Inflação: 12%
• Criminalidade: 11%
• Acesso à saúde: 8%
• Impostos altos e Estado ineficiente: 7%
• Desemprego: 6%
• Acesso à educação: 5%
• Crescimento econômico: 5%
• Degradação do meio ambiente: 2%
• Outro: 6%

“Valores” e democracia

68,5% responderam ao Atlas Intel ser contra a legalização da maconha, ante 19,6% a favor e 11,9% que não souberam ou não quiseram responder.

60,8% também se disseram contrários à legalização do aborto, enquanto 20,7% se mostraram favoráveis e 18,4% não souberam ou não quiseram responder.

78% afirmaram ser contrários à instalação de uma ditadura militar no Brasil. 8,9% se posicionaram a favor e 13,1% não souberam ou não quiseram responder.

A pesquisa

O levantamento seguiu uma metodologia intitulada Atlas Random Digital Recruitment, ou RDR, segundo a qual os entrevistados são recrutados organicamente durante a navegação de rotina na web em territórios geolocalizados em qualquer dispositivo (smartphones, tablets, laptops ou PCs).

O instituto diz que, a fim de garantir a representatividade em nível nacional, as amostras são pós-estratificadas usando um algoritmo em um conjunto mínimo de variáveis de destino: sexo, faixa etária, nível educacional, nível de renda, região e comportamento eleitoral anterior.

Foram entrevistadas 7.475 pessoas em 2.013 municípios entre 20 e 25 de agosto. A margem de erro é de um ponto percentual, considerando o nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob o código BR-00848/2022.