Política

O que diz o projeto para regulamentar IA no Brasil

Em debate no Senado, texto estabelece direitos para pessoas afetadas pela inteligência artificial e define parâmetros de supervisão e fiscalização da tecnologia

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Em um contexto de popularização crescente da inteligência artificial, começou a tramitar na quarta-feira (03/05) no Senado um projeto de lei para regulamentar o desenvolvimento e uso da tecnologia.

A inteligência artificial, ou IA, é um termo usado para se referir a sistemas computacionais que emulam competências semelhantes às humanas, como o raciocínio e a aprendizagem.

A tecnologia permite programar sistemas e máquinas para desempenharem atividades de forma autônoma, caso, por exemplo, do ChatGPT, mas seu uso já permeia o cotidiano de pessoas comuns há bastante tempo – desde quais conteúdos são exibidos a usuários em redes sociais à análise automatizada de dados bancários para decisão sobre concessão de empréstimos.

Apresentado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e elaborado por uma comissão de juristas, o PL 2.338/2023 estabelece direitos para pessoas afetadas pela tecnologia, além de definir parâmetros de supervisão e fiscalização da atividade.

O texto cria ainda fundamentos para regulamentação da tecnologia, como o respeito aos direitos humanos, à privacidade e aos valores democráticos, bem como aos princípios da não discriminação, da livre iniciativa e concorrência, do desenvolvimento tecnológico e científico, de acesso à informação e de defesa do consumidor, entre outros.

Que limites o PL fixa para a inteligência artificial?

O PL proíbe o uso e a implementação de sistemas de IA que induzam usuários a atitudes contrárias aos direitos humanos e valores democráticos, ou que ponham em risco sua saúde ou segurança.

Na área de segurança pública, o uso de sistemas de identificação biométrica à distância em espaços públicos dependeria de lei federal específica e autorização judicial específica e individualizada.

Que direitos teriam as pessoas afetadas pela inteligência artificial?

Pela proposta, as pessoas afetadas teriam que ser informadas previamente sobre interações com sistemas de inteligência artificial, com explicações sobre decisões ou recomendações tomadas por sistemas de IA – podendo, inclusive, contestá-las caso tenham seus interesses impactados “de maneira significativa” e solicitar intervenção humana.

O texto também cita os direitos” à não discriminação e à correção de vieses discriminatórios”, bem como à privacidade e à proteção de dados pessoais.

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