CartaExpressa
O que diz Jaques Wagner sobre seu voto a favor da PEC que restringe poderes do STF
A proposta esteve em banho-maria no Senado por quase dois anos, mas ganhou força nas últimas semanas


Criticado por correligionários e líderes partidários, o senador Jaques Wagner (BA) afirma que seu voto a favor da PEC que restringe o poder de ministros do Supremo Tribunal Federal foi “estritamente pessoal”. O parlamentar foi o único do PT a se posicionar favoravelmente ao texto.
“Esclareço que meu voto na PEC que restringe decisões monocráticas do STF foi estritamente pessoal, fruto de acordo que retirou do texto qualquer possibilidade de interpretação de eventual intervenção do Legislativo”, escreveu o senador seu perfil no X (ex-Twitter) nesta quinta-feira 23.
O líder do governo no Senado também afirmou ter total respeito ao Judiciário e elogiou a atuação do Supremo, a quem definiu como “fiador da democracia brasileira e guardião da Constituição”.
Reforço aqui meu compromisso com a harmonia entre os Poderes da República e meu total respeito ao Judiciário e ao STF, fiador da democracia brasileira e guardião da Constituição.
— Jaques Wagner (@jaqueswagner) November 23, 2023
Ao todo, o plenário do Senado deu aval a proposta por 52 votos a 18 em dois turnos. Houve 10 ausências. A proposta agora será encaminhada à Câmara dos Deputados.
O texto aprovado pelos senadores foi relatado pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e proíbe decisões individuais em tribunais superiores que suspendam a eficácia de uma lei ou de atos dos presidentes da República, do Senado e da Câmara.
A proposta esteve em banho-maria na Casa Alta por quase dois anos, mas ganhou força nas últimas semanas. Nos bastidores, ela é classificada por alguns senadores como uma “resposta” a decisões de magistrados do STF sobre diversos temas.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Senado deve votar na semana que vem PEC que barra militares da ativa nas eleições
Por CartaCapital
Lula estabelece eixos centrais e diz que pretende incentivar participação popular no G20
Por André Lucena