CartaExpressa

O que diz Jaques Wagner sobre seu voto a favor da PEC que restringe poderes do STF

A proposta esteve em banho-maria no Senado por quase dois anos, mas ganhou força nas últimas semanas

O que diz Jaques Wagner sobre seu voto a favor da PEC que restringe poderes do STF
O que diz Jaques Wagner sobre seu voto a favor da PEC que restringe poderes do STF
Ministro da Defesa diz que ato é "inadmissível" porque o "terrorismo é a pior forma de se trabalhar as diferenças”
Apoie Siga-nos no

Criticado por correligionários e líderes partidários, o senador Jaques Wagner (BA) afirma que seu voto a favor da PEC que restringe o poder de ministros do Supremo Tribunal Federal foi “estritamente pessoal”. O parlamentar foi o único do PT a se posicionar favoravelmente ao texto.

“Esclareço que meu voto na PEC que restringe decisões monocráticas do STF foi estritamente pessoal, fruto de acordo que retirou do texto qualquer possibilidade de interpretação de eventual intervenção do Legislativo”, escreveu o senador seu perfil no X (ex-Twitter) nesta quinta-feira 23.

O líder do governo no Senado também afirmou ter total respeito ao Judiciário e elogiou a atuação do Supremo, a quem definiu como “fiador da democracia brasileira e guardião da Constituição”.

Ao todo, o plenário do Senado deu aval a proposta por 52 votos a 18 em dois turnos. Houve 10 ausências. A proposta agora será encaminhada à Câmara dos Deputados.

O texto aprovado pelos senadores foi relatado pelo senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) e proíbe decisões individuais em tribunais superiores que suspendam a eficácia de uma lei ou de atos dos presidentes da República, do Senado e da Câmara.

A proposta esteve em banho-maria na Casa Alta por quase dois anos, mas ganhou força nas últimas semanas. Nos bastidores, ela é classificada por alguns senadores como uma “resposta” a decisões de magistrados do STF sobre diversos temas.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo