Justiça

O novo ritmo das escolhas de Lula para o Supremo

Se no início dos anos 2000 a decisão saía em poucos dias, em 2023 o Planalto levou semanas para bater o martelo

O novo ritmo das escolhas de Lula para o Supremo
O novo ritmo das escolhas de Lula para o Supremo
Brasília (DF), 22/08/2024 - O presidente do STF, Luiz Roberto Barroso, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a solenidade comemorativa ao Dia do Soldado, no Quartel-General do Exército, em Brasília. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O presidente Lula (PT) se prepara para indicar seu 11º ministro do Supremo Tribunal Federal, o terceiro em seu atual mandato. Levou pouco menos de um mês para encaminhar ao Senado cada escolha, mas a média subiu em seu terceiro governo.

Depois da aposentadoria de Rosa Weber, foram 58 dias até a indicação de Flávio Dino. No mesmo ano, a vaga deixada por Ricardo Lewandowski só foi preenchida 51 dias depois, com Cristiano Zanin.

Agora, o petista terá de apontar o substituto de Luís Roberto Barroso. O favorito até aqui é o advogado-geral da União, Jorge Messias. Correm por fora o ministro do Tribunal de Contas da União Bruno Dantas e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Confira a linha do tempo das indicações de Lula ao STF:

  • 2003: 4 dias para indicar Ayres Britto como sucessor de Ilmar Galvão; 10 dias para indicar Cezar Peluso como sucessor de Sydney Sanches; 17 dias para indicar Joaquim Barbosa como sucessor de Moreira Alves
  • 2004: 4 dias para indicar Eros Grau como sucessor de Maurício Corrêa
  • 2006: 18 dias para indicar Ricardo Lewandowski como sucessor de Carlos Velloso; 42 dias para indicar Cármen Lúcia como sucessora de Nelson Jobim
  • 2007: 11 dias para indicar Menezes Direito como sucessor de Sepúlveda Pertence
  • 2009: 16 dias para indicar Dias Toffoli como sucessor de Menezes Direito
  • 2023: 58 dias para indicar Flávio Dino e 51 dias para indicar Cristiano Zanin (succ. Ricardo Lewandowski)

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo