Justiça

O novo revés imposto por Moraes a denunciada pela trama golpista de 2022

Marília Ferreira de Alencar tentava ganhar tempo para apresentar sua defesa sobre a denúncia da PGR

O novo revés imposto por Moraes a denunciada pela trama golpista de 2022
O novo revés imposto por Moraes a denunciada pela trama golpista de 2022
O ministro do STF Alexandre de Moraes. Foto: Gustavo Moreno/STF
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O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes rejeitou, nesta quinta-feira 6, a tentativa da delegada da Polícia Federal Marília Ferreira de Alencar de ganhar tempo para apresentar sua defesa sobre a denúncia de envolvimento na trama golpista de 2022.

Alencar, ex-diretora de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal na gestão de Anderson Torres e ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça — também subordinada ao bolsonarista —, pedia acesso a mais documentos e a outro inquérito antes de se pronunciar sobre a denúncia.

Ela foi notificada da acusação da Procuradoria-Geral da República em 20 de fevereiro, quando começou um prazo de 15 dias para se defender ao STF. O período termina nesta quinta-feira 6.

Ao rejeitar a solicitação, Moraes afirmou que o inquérito ao qual a defesa se refere já tramita publicamente. Ou seja, os advogados de Alencar podem acessá-lo. O mesmo, de acordo com o ministro, se aplica aos elementos de prova mencionados pela defesa.

Segundo a denúncia da PGR, as condutas de Marília de Alencar, Anderson Torres e do número 2 da Secretaria de Segurança Pública à época dos ataques de 8 de Janeiro de 2023, Fernando de Sousa Oliveira, “revelaram descumprimento deliberado do dever que se lhes impunha, no âmbito das suas responsabilidades na segurança pública, de prevenir exatamente as barbaridades ocorridas”.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, escreveu ainda que os três já haviam aderido aos “planos da organização criminosa” desde pelo menos o período eleitoral de 2022, “quando coordenaram a utilização indevida da estrutura da Polícia Rodoviária Federal para obstaculizar o trânsito de eleitores a zonas eleitorais em regiões do Nordeste, onde detectaram votação mais expressiva em Lula da Silva”.

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