Economia

O novo aceno de Lula a Fernando Haddad após a ‘polêmica’ do IOF

O presidente saiu em defesa do ministro durante uma coletiva de imprensa realizada em Brasília

O novo aceno de Lula a Fernando Haddad após a ‘polêmica’ do IOF
O novo aceno de Lula a Fernando Haddad após a ‘polêmica’ do IOF
Lula e sua 'tropa de choque' da Comunicação: o ministro Sidônio Palmeira, da Secom, e o fotógrafo Ricardo Stuckert. Foto: EVARISTO SA / AFP
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O presidente Lula (PT) fez um novo aceno ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após desgastes que envolvem o anúncio de um aumento no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O afago ao chefe da Economia ocorreu em uma coletiva de imprensa realizada em Brasília, nesta terça-feira 3.

Segundo defendeu Lula, Haddad não cometeu qualquer erro ao anunciar o aumento do IOF e quis apenas dar uma resposta a anseios da sociedade brasileira sobre as contas públicas. Ele reconheceu, no entanto, que a declaração do ministro – que não foi bem recebida por parlamentares – foi feita sem aval prévio do Planalto.

“Não acho que [o anúncio da Fazenda] tenha sido erro”, disse ao ser questionado sobre a polêmica. De acordo com Lula, o anúncio era apenas uma proposta, que ‘pode e está sendo discutida’. O tema, explicou, não passou por sua mesa porque, naquele momento, ele estava em viagem oficial.

“O Haddad, no afã de dar uma resposta logo à sociedade, apresentou uma proposta que ele elaborou na Fazenda. Se houve reação de que tem outras possibilidades, então vamos discutir essas outras possibilidades”, afirmou. “Mas o esforço que a Fazenda está fazendo é apenas para dar tranquilidade de que na Economia não tem mágica”, insistiu em defesa do ministro.

Lula projetou, durante a entrevista, que o tema será encerrado ainda nesta terça-feira, durante um almoço com parlamentares. “Não é segredo, vai ter um almoço com todas as pessoas que estão discutindo essa questão, veremos se temos um acordo ou não para anunciar como fazer a compensação que o Brasil precisa para colocar as contas fiscais em ordem.”

Apesar do aceno, Lula aproveitou a entrevista para uma espécie de recado ao ministro e outros membros da Esplanada. Ele defendeu que, antes de qualquer anúncio, o governo precisa discutir a proposta com os líderes do Congresso.

“A gente tem que aprender: toda vez que a gente toma uma atitude sem conversar com as pessoas que vão ter que nos defender e defender a proposta, a gente pode cometer erros”, avaliou.

“Sou favorável que, antes de mandar qualquer medida ao Congresso Nacional, que a gente reúna os parceiros, os presidentes do Senado e da Câmara e os líderes dos partidos. São 12 líderes que têm influências nas decisões, então por que não discutir com eles?”, reforçou Lula sobre o tema.

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