Política

No último dia de TV, Lula exalta frente ampla e mostra o Papa; Bolsonaro pede ‘desculpas’ por palavrões

O petista fez um apelo contra a abstenção, enquanto o ex-capitão exaltou medidas aprovadas com fins eleitorais

Foto: Reprodução
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A propaganda eleitoral no rádio e na TV chega ao fim nesta sexta-feira 28, a dois dias do segundo turno das eleições. No primeiro bloco, às 13h, Lula (PT) teve de exibir um direito de resposta de Jair Bolsonaro (PL). Em seguida, o petista afirmou que “falta pouco” para iniciar a construção de “um Brasil com oportunidades iguais para todos, livre da fome, com mais emprego e salário mínimo sempre acima da inflação”.

O ex-presidente mencionou a necessidade de priorizar “saúde pública de qualidade e filhos estudando, da creche à universidade”. Também ressaltou o desejo de “um país com democracia e sem armas, onde o amor prevaleça sobre o ódio”.

No programa, Lula exaltou a construção de uma frente ampla em torno de sua candidatura. Entre as imagens, apareceu o registro de um encontro entre o petista e o Papa Francisco.

“Reunimos gente de vários partidos, gente sem nenhum partido, gente de centro, de esquerda e de direita, gente de todas as religiões, brasileiros e brasileiras que não aguentam mais a violência política, o país dividido, a discórdia nas famílias. O Brasil precisa de paz e união”, disse a mensagem.

No encerramento, Lula fez um apelo contra a abstenção, ao pedir que os brasileiros “não deixem de votar”.

“Seu voto pode ser o que falta para mudar seu futuro e tornar realidade o Brasil dos nossos sonhos.”

Relativização dos palavrões

O programa de Bolsonaro começou com o locutor sugerindo que o próximo domingo 30 será “dia de vestir o verde e amarelo, pegar nossa bandeira e votar pela nossa liberdade”.

Na sequência, a campanha apostou na inserção de sertanejos bolsonaristas cantando o jingle do ex-capitão. Apareceram artistas como Matogrosso, Mathias, Bruno e Gusttavo Lima.

Em um breve pronunciamento, Bolsonaro alegou ter “arrumado as contas do Brasil”. Ele voltou a citar a pandemia e a guerra na Ucrânia e afirmou ter “feito o necessário no tocante à economia”, exaltando o Auxílio Brasil e a queda nos preços dos combustíveis (a partir de uma manobra com prazo de validade).

“O Brasil agora está arrumado, pronto para o futuro de verdade. Esse novo mandato, peço a você uma chance para que possamos mostrar que o Brasil é de todos nós, brasileiros”, concluiu.

No final do programa, uma locutora afirmou que “nosso presidente às vezes fala palavrão, mas ele não é ladrão e já pediu desculpas para quem se sentiu ofendido com esse jeitão dele”. Isso aconteceria, segundo ela, porque Bolsonaro “é muito sério e gosta das coisas certas”.

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